O MBL encaminhou representação à PGR solicitando investigação de parlamentares do PSOL que apoiam artistas ligados ao crime organizado. A ação menciona especificamente os deputados federais Henrique Vieira (Psol-RJ), Erika Hilton (Psol-SP) e a vereadora Karen Santos (Psol-RS).
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A representação, assinada pelo porta-voz Jota Júnior e pelo coordenador nacional Renato Battista, requer a apuração de possível infiltração criminosa no partido. Segundo informações publicadas pelo Blog do Lauro Jardim no jornal O Globo, o documento cita artistas como MC Poze do Rode, que já foi detido por suspeita de envolvimento com facção criminosa e posteriormente liberado, e o rapper Oruam.
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A MBL contesta iniciativas como o projeto de lei apresentado pelo deputado Henrique Vieira que visa instituir o Programa de Prevenção à Censura à Arte e Cultura. A proposta pretende evitar que artistas de áreas periféricas, notadamente do funk, rap e trap, sejam desqualificados em editais públicos e em contratações governamentais.
Vieira, em sua justificativa do projeto, menciona MC Poze do Rodo e Oruam como exemplos de artistas que vivenciaram circunstâncias de risco ligadas ao crime. O parlamentar afirma que esses artistas não devem ser privados de acesso a recursos públicos devido às suas origens.
O MBL afirma que o projeto de Vieira visa assegurar recursos públicos para artistas que, supostamente, acabarão por desviar parte do dinheiro para organizações criminosas, além de fornecer-lhes um valioso serviço por meio da promoção do estilo de vida criminoso.
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A deputada federal Erika Hilton também é mencionada na representação. Os porta-vozes do MBL criticam um convite feito pela parlamentar ao rapper Oruam para realizarem “construções sociais” em conjunto.
A deputada complementa sua fala em post no X: “Não declarei, em momento algum, que ignoro suas falas transfóbicas e homofóbicas. Oruam e Poze não estão sendo atacados pela extrema-direita por declarações misóginas e LGBTfóbicas. Estão sendo atacados pelas letras de suas músicas em uma campanha que visa discriminar, desumanizar e, assim, justificar a violência contra o povo pobre, negro e das favelas.”
O documento encaminhado à PGR indica que essa abordagem assegurará “visibilidade e apoio político” ao rapper, que é filho do traficante conhecido como Marcinho VP.
Fonte por: Poder 360