Milhares de mulheres indígenas marcham em Brasília em oposição ao PL da Devastação

Mulheres de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Honduras, México e Panamá caminharam da Esplanada dos Ministérios até as proximidades do Congresso Nacio…

08/08/2025 0h06

2 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

Milhares de mulheres indígenas de diversos países latino-americanos se manifestaram nesta quinta-feira (7) em Brasília, exigindo proteção ao meio ambiente, enquanto o Brasil segue com os preparativos para sediar a COP30, a maior cúpula da ONU sobre o aquecimento global, que será realizada em novembro em Belém. “A gente espera que, com a COP30 no Brasil, possa-se ter os olhos do mundo para a Amazônia (…). Os chefes de Estado que vão estar nela precisam conhecer a nossa realidade”, disse Simone Karipuna, do povo indígena homônimo, que habita este ecossistema crucial para a regulação do clima em escala mundial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com tambores e maracas, mulheres de Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Honduras, México e Panamá caminharam da Esplanada dos Ministérios até os arredores do Congresso Nacional, onde estava agendada uma sessão com algumas lideranças indígenas. Lula deve sancionar ou vetar até sexta-feira (8) um projeto de lei que flexibiliza os critérios para concessão de licenças ambientais para grandes empreendimentos, denominado por ambientalistas de “PL da Destruição”. “Veta, Lula!”, gritaram as mulheres durante a marcha na capital federal. “Ontem, quando estávamos com ele [Lula], ele disse que estava estudando para fazer o veto. E nós estamos aqui confiantes. Tenho certeza que ele nos ouvirá”, declarou Rosa Pitaguary, do povo homônimo residente no Ceará.

O presidente busca consolidar o Brasil como protagonista na defesa do meio ambiente, ainda que promova um grande empreendimento de extração de petróleo na chamada Margem Equatorial, em áreas próximas à floresta amazônica, que necessita de licença ambiental. O mineração, o desmatamento e as queimadas, intensificadas por secas cada vez mais longas, representam uma grave ameaça à Amazônia, segundo especialistas. Os organizadores estimaram que aproximadamente 5 mil mulheres participaram da manifestação, que também direcionou uma mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

LEIA TAMBÉM:

Durante uma reunião com líderes indígenas, na quarta-feira, Lula concedeu o reconhecimento legal a três de seus territórios no estado do Ceará.

Especialistas avaliam as terras indígenas como um pilar fundamental na batalha contra o aquecimento global devido à sua proteção das florestas e dos recursos naturais. Em decisão do governo brasileiro, este ano será a primeira vez que uma COP será realizada na Amazônia, em Belém do Pará, entre 10 e 21 de novembro. “Estamos aqui por uma única necessidade: que a força da voz da mulher indígena seja ouvida neste espaço que se dará (…). A COP30”, declarou, por sua vez, Yenyfer Concepción, da comarca indígena Naso, do Panamá.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Informações da AFP Publicado por Sarah Paula

Fonte por: Jovem Pan

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.