Moraes define prazos para o depoimento de Bolsonaro e outros sete indiciados em investigação de tentativa de golpe

Os acusados prestarão depoimento na sede da Primeira Turma do STF, em Brasília, durante a tarde e a noite de segunda-feira subsequente; Braga Netto não estará presente, estando detido provisório no Rio de Janeiro.

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DF - BOLSONARO/FALA SOBRE LICENÇA DO EDUARDO - POLÍTICA - Foto, Ex-presidente Jair Bolsonaro. Nesta terça (18) o Ex-presidente Jair Bolsonaro fala com a imprensa sobre a licença do filho Eduardo Bolsonaro e o julgamento no STF referente a denuncia da trama golpista da PGR. 18/03/2025 - Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, agendou para a próxima segunda-feira (9) o depoimento dos réus do “primeiro núcleo”, grupo formado por oito pessoas acusadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado. Entre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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Moraes informou que o interrogatório poderá ser realizado em outros dias da próxima semana caso não seja suficiente ouvir todos na segunda-feira. Além de Bolsonaro, compõem o grupo o general e ex-ministro Walter Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), a ex-chefe da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Os réus serão ouvidos na sala da Primeira Turma do STF, em Brasília, durante a tarde e a noite de segunda-feira. Braga Netto é a exceção, uma vez que está preso preventivamente no Rio de Janeiro. Ele será ouvido em sessão virtual.

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A sessão começará com Mauro Cid, por ter sido colaborador da investigação, e depois serão interrogados os réus em ordem alfabética.

Na segunda-feira, 2, o Supremo ouviu o senador Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro do Desenvolvimento Regional no governo Bolsonaro e testemunha de defesa do ex-presidente. Marinho prestou o último depoimento às testemunhas do “primeiro núcleo” e afirmou não ter ouvido de Bolsonaro qualquer plano de tentativa de golpe de Estado. O parlamentar relatou que, em reunião após a eleição presidencial de 2022, todos estavam “tristes” com a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva e Bolsonaro ficou “desgastado” após ter sido acometido por erisipela.

É uma doença bastante debilitante. Ele (Bolsonaro) estava praticamente sem se movimentar, recebendo soro e medicamentos. É difícil após uma eleição acirrada, após ter perdido, ele estar nessa condição de estar conversando conosco”, afirmou Marinho.

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Na última sexta-feira (30), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) disse que a transição do governo Jair Bolsonaro para o de Luiz Inácio Lula da Silva foi iniciada para conter a mobilização de caminhoneiros pelo Brasil, que fecharam as rodovias em protesto, não reconhecendo o resultado eleitoral que consagrou o petista como vencedor no segundo turno das eleições de 2022.

Ciro afirmou que o presidente ordenou a transição, naquele período que ocorria a greve de caminhoneiros. Precisava de uma fala do presidente, para iniciar uma transição, a fim de que os caminhoneiros parassem de obstruir as rodovias. Pedi para que fosse feita uma declaração em conjunto para realizar essa transição, e ele determinou dessa forma. Nogueira, testemunha do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e de Bolsonaro na ação penal que investiga tentativa de golpe de Estado, chefiou a transição em novembro de 2022 como ministro da Casa Civil por determinação de Bolsonaro.

Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan

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