A Interpol incluiu na quinta-feira (5.jun.2025) a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na lista de difusão vermelha da Interpol a pedido do ministro Alexandre de Moraes do STF (Supremo Tribunal Federal). A congressista passa a ter o seu nome divulgado como foragida internacional e pode ser presa no exterior.
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Ao ser incluído na lista, as polícias nacionais dos países membros da organização internacional ficam cientes de que se trata de alguém que está sendo procurado. A Interpol não investiga nem prende pessoas por conta própria (entenda mais abaixo).
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A solicitação de Moraes acompanha a decisão do ministro que determinou a prisão preventiva de Zambelli. Ele respondeu a um pedido da PGR (Procuradoria Geral da União) encaminhado à Corte após a deputada informar sua saída do Brasil. A parlamentar foi condenada a 10 anos de prisão por tentar invadir os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para expedir ordens de prisão falsas.
A decisão do ministro indica que a prisão preventiva se justifica pela intenção da deputada de escapar da condenação. “É inequívoca a natureza da alegada viagem à Europa, com o objetivo de se furtar à aplicação da lei penal”, escreveu Moraes na decisão.
O juiz também determinou o bloqueio de seus passaportes, contas bancárias, investimentos, veículos, imóveis e redes sociais.
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O ministro Alexandre de Moraes solicitou a inclusão de brasileiros na difusão vermelha da Interpol: Oswaldo Eustáquio e Allan dos Santos.
Em relação a Allan dos Santos, a Interpol rejeitou o pedido e, ele não é tido como foragido. A organização entendeu que os fundamentos apresentados não justificam as acusações de crimes.
A solicitação de extradição para os Estados Unidos, onde o jornalista reside desde 2021, também foi negada. Allan é alvo de investigações (notícias falsas e milícias digitais) no STF e teve sua prisão preventiva decretada por Moraes, porém não possui condenação nem foi denunciado pelo Ministério Público.
Oswaldo Eustáquio é investigado por sua participação em campanhas de intimidação contra agentes públicos e incitação a atos extremistas na Corte. Ele está na Espanha e teve seu pedido de extradição recusado. O país entendeu que o pedido de Moraes tem uma “motivação política”.
Em relação a Zambelli, já existe uma condenação. Contudo, o pedido de prisão é preventivo, e não se refere ao cumprimento da pena, pois ainda cabe recurso. Atualmente, ela está sem advogado no caso, que renunciou após seu anúncio de saída do Brasil. A prisão, dependerá da avaliação do país estrangeiro onde a congressista se encontra.
Fonte por: Poder 360