Motor de alta performance: o que você precisa saber para operar com segurança
O pneu reserva exige cuidado durante o uso.

O pneu reserva, também conhecido como “estepe fino” ou “pneu linguiça”, é frequentemente utilizado em veículos atuais em razão da procura das fabricantes por diminuir o peso e otimizar o espaço no porta-malas. Apesar de ser útil em situações de emergência, seu emprego acarreta restrições relevantes, tanto em segurança quanto em desempenho, que o condutor deve observar.
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Roberto Ayala, gerente sênior de engenharia de vendas da Bridgestone, ressalta que ele deve ser empregado para deslocamentos breves e com ritmo controlado, até que o pneu original possa ser consertado ou substituído. O estepe temporário é uma solução exclusivamente de emergência, distinta da “quinta roda”.
O padrão industrial sugere o uso de pneus de roda sobressalentes estreitos em velocidades não superiores a 80 km/h e por uma extensão restrita – idealmente até 80 quilômetros. A construção do pneu, com menor peso e menor área de contato com o solo, afeta a aderência, a estabilidade e a eficiência da frenagem, sobretudo em curvas ou superfícies molhadas.
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De acordo com Ayala, outro aspecto crucial é a calibração adequada. O pneu reserva frequentemente necessita de pressão superior à dos pneus comuns, usualmente 60 psi. É importante verificar a pressão indicada no manual do veículo ou na lateral do próprio pneu antes de dirigir.
A dirigibilidade do automóvel também apresenta alterações com o estepe fino. A menor largura do pneu altera o equilíbrio do conjunto, impactando sistemas de assistência como ABS, controle de estabilidade e monitoramento da pressão dos pneus (TPMS). Em condições desfavoráveis, como chuva ou pista irregular, o risco de perda de controle é maior, exigindo atenção redobrada do condutor.
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Utilizar um estepe fino ou executar curvas em alta velocidade pode apresentar riscos consideráveis à segurança. Devido à sua largura reduzida e área de contato com o solo limitada, o estepe temporário proporciona menor aderência, o que prejudica a tração, principalmente em curvas ou em pisos molhados, conforme afirma Ayala.
O especialista recomenda que, após a utilização do estepe, o motorista providencie o reparo ou a troca do pneu original o mais breve possível. “Não se deve prolongar o uso do estepe, pois ele não foi desenvolvido para longos percursos ou alta velocidade”, reforça.
Ademais, é crucial verificar periodicamente as condições do estepe, mesmo que não tenha sido utilizado. O borracha sofre envelhecimento natural, perdendo elasticidade e resistência com o tempo. Pneus, incluindo estepes, possuem validade recomendada de até 5 a 7 anos.
O pneu reserva é um recurso imediato eficaz, quando empregado com cautela e considerando suas restrições. Entender os limites de velocidade, distância, alinhamento e comportamento do veículo é essencial para assegurar a segurança em situações inesperadas na via.
Utilizar o cinto de segurança de forma inadequada, como reclinando o banco, representa um risco significativo.
Fonte por: CNN Brasil