O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (9.jun.2025) que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não necessitou de todas as medidas e alíquotas para compensar a revogação parcial do decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
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Após reunião com Motta e com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), Haddad anunciou no domingo (8.jun) que o governo, além de manter parte do decreto sobre o imposto, editará uma MP (medida provisória) para aumentar outros impostos e compensar a arrecadação que deixará de obter com o aumento do IOF.
Na segunda-feira (9.jun), Motta afirmou que o Congresso não demonstra compromisso em aprovar o texto que apresenta alternativas ao aumento do IOF. Ele proferiu as declarações no evento “Agenda Brasil”, do Grupo Globo, em São Paulo.
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Não há do Congresso o compromisso de aprovar essas medidas que vêm na MP. A medida provisória será enviada apenas para que, do ponto de vista contábil, não se tenha que aumentar o contingenciamento que já está sendo feito, declarou.
Vitória Haddad
O ministro da Fazenda obteve uma vitória política em relação aos presidentes da Câmara e do Senado ao preservar uma parcela do decreto que determina o aumento da cobrança de IOF. O titular da equipe econômica pretende elevar outros impostos para compensar a arrecadação insuficiente do IOF, e os líderes do Congresso, que tradicionalmente se opõem ao aumento de impostos, chegaram a concordar.
Motta e Alcolumbre impuseram um prazo de 10 dias para Haddad revogar o decreto do IOF, que teve sua implementação em 2 de junho de 2025. O período expiraria nesta semana, na terça-feira (10.jun).
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Após o encerramento da reunião de domingo (8.jun), Motta e Alcolumbre declararam ter alcançado uma vitória, devido à revisão do decreto do IOF e ao acordo do governo com uma revisão de gastos públicos. Contudo, houve uma derrota política para os presidentes da Câmara e do Senado. Na prática, haverá um aumento de impostos, embora menor do que o inicialmente previsto pela Presidência da República e pelo Ministério da Fazenda.
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Fonte por: Poder 360