Mulher a favor da Palestina participa da Marcha para Jesus em meio a bandeiras de Israel

Marta Batista afirma que, sendo evangélica, não concorda com a política de Netanyahu que visa à eliminação.

19/06/2025 13h15

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(Imagem de reprodução da internet).

Marta Batista, 61 anos, foi à Marcha para Jesus na quinta-feira (19.jun.2025), na zona norte de São Paulo, carregando uma bandeira palestina. A atitude se destacou no evento religioso, onde a bandeira de Israel foi distribuída em grande quantidade aos participantes.

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“Como evangélica, não aceito a política de eliminação de [Benjamin] Netanyahu [primeiro-ministro de Israel]”, disse Marta. Ela afirmou ter sido criticada por algumas pessoas, mas permaneceu na marcha durante a passagem dos sete carros de som.

Israel continua com operações militares em Gaza desde o dia 7 de outubro de 2023, data em que sofreu um ataque do grupo extremista Hamas. O país, liderado por Benjamin Netanyahu, também tem realizado ataques em países vizinhos, mais recentemente contra o Irã, com quem mantém trocas de hostilidades.

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Os evangélicos incorporaram a bandeira de Israel como símbolo, devido à crença de que o Estado judeu — mesmo sendo de uma religião distinta — abriga o povo escolhido por Deus e é essencial para a realização de profecias, incluindo a segunda vinda de Jesus.

No desfile de bandeiras da Marcha para Jesus, não apenas a solitária da Palestina chamou atenção. O mestre de obras Thiago Costa, 31 anos, empunhava a bandeira da Coreia do Norte. “Temos que defender Jesus nos 4 cantos do mundo, até onde são contra o cristianismo”, disse.

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O tamanho dos evangélicos é um tema complexo e multifacetado, com dados que variam dependendo da metodologia utilizada e da população considerada. Estimativas apontam para uma parcela significativa da população brasileira, com crescimento constante nas últimas décadas. No entanto, a composição demográfica e a distribuição geográfica dessa comunidade religiosa ainda apresentam particularidades, refletindo a diversidade do Brasil.

Em junho passado, o IBGE revelou dados do Censo de 2022, indicando que os evangélicos constituem 26,9% da população brasileira. Essa parcela representa o segundo maior grupo religioso do país, ficando atrás dos católicos (56,7%).

A marcha surgiu como uma expressão de protesto e reivindicação popular, com raízes em movimentos sociais e políticos que buscavam melhores condições de vida e justiça social.

A Marcha para Jesus no Brasil realizou sua primeira edição em 1993, motivada por um evento similar ocorrido desde 1980 no Reino Unido. Em 2009, Lula, em seu segundo mandato, promulgou a lei que instituiu a celebração no calendário oficial do país. O petista não participou da marcha.

Em 2019, Jair Bolsonaro (PL) se tornou o primeiro presidente a participar do evento evangélico, que foi suspenso nos dois anos seguintes devido à pandemia de Covid-19. Em 2022, durante sua tentativa malsucedida de reeleição, ele retomou discursos contra a “ideologia de gênero”, o aborto e a legalização das drogas.

Fonte por: Poder 360

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