Mulher brasileira vítima de trauma por impacto em vulcão

A autópsia exclui a hipótese de morte por hipotermia, considerando as características das lesões e o elevado volume de hemorragia.

27/06/2025 13h09

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(Imagem de reprodução da internet).

A autópsia da brasileira Juliana Marins, falecida após uma queda no vulcão Rinjani, na Indonésia, apontou como causa da morte traumatismo por força contundente, com danos nos órgãos internos e hemorragia generalizada.

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As investigações forenses apontam que a morte se deu em um curto espaço de tempo após os ferimentos, evidenciando a natureza repentina do evento. As lesões por abrasão e deslizamento (“luka lecet geser”) observadas no corpo são compatíveis com uma queda.

Segundo o Dr. Ida Bagus Putu Alit, médico legista do Hospital Bali Mandara, a morte de Juliana Marins ocorreu “imediatamente” após o trauma, com uma estimativa de não mais de 20 minutos após a lesão mais grave.

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A lesão por impacto contundente é definida como dano resultante de forte contato com uma superfície ou objeto, sem perfuração da pele, conforme afirma Gustavo Tadeu Sanchez, diretor da Sociedade Brasileira do Trauma Ortopédico (SBTO), à CNN.

O impacto pode causar lesões relacionadas com a energia do trauma. Assim, podem ocorrer fraturas e contusão pulmonar, com risco de hemorragia associada.

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Juliana apresentou, nos exames, múltiplas fraturas e lesões generalizadas em quase todo o corpo, abrangendo órgãos internos no tórax e no abdômen. A área mais afetada foi a região do dorso/coluna, com lesões que comprometeram os órgãos internos relacionados à respiração.

Ela sofreu um trauma torácico grave, uma lesão de alta energia na caixa torácica. Isso, além de atingir as costelas, que funcionariam como um “para-choque”, pode causar uma lesão no pulmão. Isso dificulta a função do pulmão, que é justamente realizar a troca gasosa, podendo também levar a hemorragias.

A hemorragia pode reduzir o transporte de oxigênio aos órgãos. A perda de sangue provoca a vasoconstrição, que é o estreitamento dos vasos para otimizar a propagação de oxigênio. Além disso, aumenta a velocidade do batimento do coração, assim como a frequência da respiração, explica Sanchez.

Contudo, todas essas ações realizadas pelo organismo em busca de sua própria sobrevivência acarretam consequências para o paciente. “Se a hemorragia não for controlada, chega um ponto em que tais medidas não são eficazes e podem, inclusive, levar à morte”, declara. “Isso depende muito da gravidade do ferimento e da quantidade de perda sanguínea”, conclui.

Com informações da CNN Indonésia

Qual é a brasileira que se perdeu na trilha de um vulcão na Indonésia?

Fonte por: CNN Brasil

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