Na atual situação, a Organização das Nações Unidas diminuirá significativamente seus programas de assistência devido à escassez de recursos financeiros
Em consequência, a Organização das Nações Unidas precisará “hiperpriorizar” seus planos para auxiliar 114 milhões de pessoas em todo o mundo; o projeto inicial contemplava 180 milhões de pessoas vulneráveis.

A ONU anunciou, nesta segunda-feira (16), que diminuirá drasticamente seus programas de assistência neste ano, após os piores cortes financeiros já sofridos pelo setor humanitário, em grande parte devido à decisão dos Estados Unidos de reduzir suas doações ao mínimo. O novo plano de ajuda possui um orçamento de US$ 29 bilhões (R$ 161 bilhões), bem abaixo dos US$ 44 bilhões (R$ 244 bilhões) solicitados pela ONU para 2025. a ONU terá que “hiperpriorizar” seus planos para auxiliar 114 milhões de pessoas em todo o mundo, conforme comunicado pelo Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). O plano original previa a ajuda a “180 milhões de pessoas vulneráveis”.
De acordo com a ONU, foram reunidos apenas US$ 5,6 bilhões (R$ 31,16 bilhões) dos US$ 44 bilhões solicitados até meados do ano, representando 13% do total, valores insuficientes para responder às crises humanitárias no Sudão, Faixa de Gaza, República Democrática do Congo, Mianmar e Ucrânia. A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de interromper ou diminuir a assistência financeira americana no exterior impacta todo o setor global de ajuda humanitária. Por muitos anos, o país foi o maior doador de ajuda ao desenvolvimento. Os cortes anunciados pelo governo Trump terão consequências importantes para a assistência de emergência, campanhas de vacinação e a distribuição de medicamentos contra a aids, entre outros programas.
Os recursos dos Estados Unidos constituíam uma parcela considerável dos orçamentos de algumas agências da ONU e de diversas ONGs, perdas irreparáveis de compensar em poucas semanas ou meses. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou seu pesar pela decisão que poderá resultar na morte de milhões de pessoas. O Programa Mundial de Alimentos (PMA), outra agência da ONU, alertou em março sobre uma “crise sem precedentes” decorrente de um corte de 40% em seu financiamento para 2025.
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“Sem financiamento e acesso não podemos salvar vidas”, afirma Cindy McCain, diretora do PMA. O PMA, em conjunto com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), publicou nesta segunda-feira uma nova lista que cita Sudão, Gaza, Sudão do Sul, Haiti e Mali como áreas do mundo em risco imediato de fome.
Decisões cruéis
Os cortes impactam os esforços humanitários globalmente, incluindo o controle da tuberculose em Bangladesh e os programas de assistência ao maior campo de indígenas e migrantes da Colômbia, no Deserto de Guajira, onde, por conta da escassez de recursos, apenas três das 28 organizações não governamentais existentes estiveram operando em 2024. Além dos Estados Unidos, outros países diminuíram suas doações em um cenário econômico desafiador.
“Nos vimos obrigados a fazer uma triagem para a sobrevivência humana”, disse Tom Fletcher, subsecretário-geral da ONU para assuntos humanitários e coordenador dos serviços de emergência. “Os números são cruciais e as consequências são devastadoras. Muitas pessoas não receberão a ajuda de que precisam, mas salvaremos o máximo de vidas possível com os recursos que nos derem”. Para fazer o máximo possível com um orçamento menor, a ONU estabelecerá uma escala que classifica a gravidade das necessidades humanitárias. Áreas classificadas como nível 4 ou 5, condições consideradas extremas ou catastróficas, terão prioridade. “Os cortes brutais no orçamento nos obrigam a fazer escolhas brutais”, admitiu Fletcher.
Com informações da AFP.
Fonte por: Jovem Pan
Autor(a):
Redação ZéNewsAi
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