Não existe viabilidade de negociação, afirma especialista em relação a Irã e Israel

O professor Alexandre Coelho examina a conjuntura do Oriente Médio, enfatizando a linguagem confrontacional dos Estados Unidos e os interesses de grandes potências no conflito.

19/06/2025 11h11

1 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

O confronto entre Irã e Israel persiste em escalada, acompanhado de retaliações e aumento da apreensão global. Conforme o professor de Relações Internacionais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), Alexandre Coelho, a viabilidade de uma resolução diplomática para a crise diminui progressivamente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Coelho declarou em entrevista à CNN: “Infelizmente, pelo menos no curto prazo, eu não estou vendo perspectivas de se chegar a uma mesa de negociação que seja para conseguir um cessar-fogo”.

O especialista ressaltou que a retórica mais agressiva dos Estados Unidos, notadamente as declarações do ex-presidente Donald Trump, tem impulsionado o aumento das tensões.

LEIA TAMBÉM:

Expansão dos ataques e alvos de Israel

O professor percebeu uma expansão nos objetivos de Israel, que, no início, buscava prejuízos às instalações nucleares iranianas, mas que agora estendeu seus ataques a refinarias e unidades de produção de gás do Irã. Adicionalmente, Israel manifestou abertamente a intenção de derrubar o governo iraniano.

O Irã, por sua vez, tem respondido com novos tipos de armamentos, lançando mísseis sobre Israel e ameaçando atacar bases americanas no Golfo caso os Estados Unidos se envolvam no conflito.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Interesses globais e possíveis mediadores

Coelho examinou os interesses de várias potências mundiais no conflito. Ressaltou que a China, como principal importadora de petróleo da região, percebe seus interesses no Oriente Médio cada vez mais comprometidos. Já a Rússia busca evitar a escalada do conflito, visto que o Irã é um fornecedor relevante de drones para o país.

Quanto aos possíveis mediadores, o especialista indicou que a China poderia assumir essa função, considerando sua relação econômica com o Irã e sua postura pragmática em relação a Israel. Contudo, destacou que a China ainda não manifestou uma vontade explícita de mediar o conflito.

Coelho manifestou ceticismo em relação à mediação turca, destacando o histórico de tensões entre a Turquia e o Irã, sobretudo em relação à Síria.

O professor concluiu alertando para a complexidade da situação e a necessidade de acompanhar de perto as declarações das principais potências envolvidas, notadamente dos Estados Unidos, a fim de compreender os possíveis desdobramentos do conflito.

Fonte por: CNN Brasil

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.