O CEO da UniCredit sugere que a instituição pode desistir da aquisição do Banco BPM
A estratégia de aquisição do UniCredit tem tido dificuldades em razão da resistência do governo na Itália e na Alemanha.

O presidente-executivo do UniCredit, Andrea Orcel, afirmou a um jornal italiano que o banco provavelmente desistirá da oferta pelo Banco BPM, um dia após obter a aprovação antitruste europeia para o negócio de US$ 16,4 bilhões.
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A estratégia de aquisição do UniCredit tem tido dificuldades em razão da oposição do governo na Itália e na Alemanha, onde o credor italiano visa o Commerzbank.
A retomada da oferta de compra do BPM ocorrerá na segunda-feira (23), após uma suspensão causada por uma ação judicial movida pelo UniCredit para questionar as condições impostas pelo governo, que, segundo ele, o impedem de prosseguir com a oferta. O governo italiano exerceu seus “poderes de ouro” sobre a oferta, com base em preocupações com a segurança nacional.
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“Se não conseguirmos resolver (os problemas), como é provável, nós nos retiraremos”, disse Orcel ao jornal La Repubblica.
A sentença está agendada para o dia 9 de julho. O prazo de validade da proposta se estende até o dia 23 de julho.
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A oferta de 14,2 bilhões de euros (US$16,4 bilhões) do UniCredit por todas as ações do BPM está abaixo do valor de mercado de 15 bilhões de euros do alvo e Orcel disse na semana passada que havia uma chance de 20%, na melhor das hipóteses, de o negócio ser concretizado, já que as condições dos “poderes de ouro” não são claras e expõem o banco a multas enormes se o UniCredit não as cumprir.
As ações do Banco BPM aumentaram 1,4% às 0755 GMT, demonstrando que os investidores continuam acreditando na concretização do acordo. As ações do UniCredit subiram 2,3%.
Fonte por: CNN Brasil