O economista Gabriel Galípolo indica que o Banco Central manterá as taxas de juros elevadas por um período extenso

O chefe do Banco Central reiterou o compromisso em alcançar o centro da meta de inflação.

19/05/2025 22h42

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(Imagem de reprodução da internet).

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta segunda-feira (19) que ainda é cedo para considerar qualquer alteração na taxa básica de juros e que o BC deverá manter a Selic em patamar elevado por mais tempo.

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Diante do que ocorreu no ano passado e do nível de desancoramento das expectativas, temos consciência de que precisamos permanecer nesta taxa de juros por mais tempo em patamar restritivo, declarou Galípolo durante evento do Goldman Sachs em São Paulo. A autoridade monetária ainda pontuou que a possibilidade de redução da taxa juros não está em debate no Comitê de Política Monetária, o Copom.

O Comitê de Política Monetária do Banco Central elevou a taxa Selic em seis ocasiões, desde setembro do ano passado, com um aumento acumulado de 4,25 pontos percentuais, atingindo 14,75% ao ano – o maior patamar em quase duas décadas.

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A ata da última reunião confirmou que os próximos passos permanecem em aberto e reiterou a mensagem do comunicado sobre a necessidade de cautela e flexibilidade. O patamar elevado visa resfriar a economia, porém os impactos ainda não foram sentidos.

A prévia do PIB, o IBC-Br, divulgada pelo próprio Banco Central, ultrapassou as expectativas. O índice apresentou um avanço de 0,8% em março, acumulando 1,3% no trimestre. O vigor da economia é um dos pontos que atraem a atenção do presidente do Banco Central.

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Galípolo observou: “Como você convive com a taxa de juros em um patamar que, para qualquer outro país, seria bastante restritivo? E, ainda assim, você está assistindo ao nível de desemprego mais baixo da série histórica, ao nível de renda mais alto da série histórica, você tem uma série de dados que estão aqui demonstrando uma economia de dinamismo alto, apesar de estar convivendo com taxas de juros que seriam entendidas como bastante restritivas em qualquer outra economia.”

A previsão dos analistas é que o aumento das taxas de juros inicie seus efeitos ainda em 2024, o que resultou em revisões para baixo nas projeções do Boletim Focus para o IPCA de 2025, após um período de inflação elevada. Em março, a inflação oficial de 12 meses ficou em 5,48%, distante do limite da meta de 4,5%.

Durante o evento, Gabriel Galipólio reiterou o compromisso da instituição: “O Banco Central irá buscar a meta de inflação, nosso mandato é este, colocar a taxa de juros em um patamar restritivo suficiente, pelo período necessário, para perseguir a meta de inflação”.

Fonte: CNN Brasil

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