O PCdoB afirma que Zambelli está sendo perseguida: “2º deputado exilado”

A Partido da Causa Operária declara ter razão ao sair do Brasil diante de um “tribunal como o STF”.

04/06/2025 4h45

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(Imagem de reprodução da internet).

O Partido da Causa Operária, partido historicamente ligado a causas de esquerda, utilizou sua conta no X (ex-Twitter) na terça-feira (3.jun.2025) para manifestar apoio à decisão da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) de deixar o Brasil após ter sido condenada a 10 anos de prisão pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

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Segundo o presidente da legenda, Rui Costa Pimenta, Zambelli é o “2º deputado exilado” e sua condenação “é claramente persegutória”.

A deputada comunicou na terça-feira (3.jun) sua ausência do Brasil por alguns dias, informando ter viajado para realizar tratamento de saúde. À CNN Brasil, declarou estar na Itália. Contudo, seu marido afirmou que o casal se encontra nos Estados Unidos e que deverá viajar para o país europeu em breve. A congressista possui cidadania italiana.

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Isso demonstra a situação em que chegamos. Poderíamos ter um grande número de pessoas exiladas do país devido ao STF. É uma crise. A condenação dele é claramente perseguição, não tem nada de legal. É uma perseguição política, e isso dá origem a essa situação que observamos.

O PCO declarou que, diante de um tribunal como o STF, “tem toda razão em sair do país para não ser perseguido”. O partido já havia criticado a Corte após a condenação de Débora Rodrigues dos Santos, a mulher que pichou a estátua “A Justiça” com um batom em 8 de janeiro, estando em prisão perpétua.

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O partido declarou que “tem gente de esquerda que ainda acredita que isso vai dar um bom resultado, mas não vai dar”.

Após o anúncio de sua saída do Brasil, a PGR solicitou ao STF a prisão preventiva de Carla Zambelli.

Zambelli foi condenada, em 14 de maio, a 10 anos de prisão por unanimidade pela 1ª Turma do STF. O julgamento considerou a acusação contra a congressista e o hacker Walter Delgatti Neto, réus pelos crimes de invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e por falsidade ideológica.

A procuradora-geral acusou a congressista de ter coordenado a invasão do sistema do conselho para expedir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, como se ele estivesse autorizando sua própria detenção.

Investigações revelaram que o trabalho foi conduzido por Walter Delgatti, que admitiu ter agido sob as ordens da deputada. O hacker recebeu uma pena de 8 anos e 3 meses de reclusão no mesmo processo.

Moraes, relator do caso, votou pela perda do mandato de Zambelli, que deverá ser declarada pela Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Ele determinou ainda a inelegibilidade da congressista por 8 anos.

Fonte por: Poder 360

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