O Supremo Tribunal Federal julgou e aplicou a pena de 14 anos de reclusão a um dos envolvidos nos atos violentos que ocorreram entre 8 e 14 de janeiro
Empreendedor reuniu manifestantes, obteve financiamento e celebrou a tomada do Supremo.

O Supremo Tribunal Federal julgou culpado o empresário Diogo Dias Ventura, determinando 14 anos de prisão em regime de cumprimento de pena por sua participação nos eventos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília.
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Ele foi identificado como um dos líderes do acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército, onde motivava participantes recentes e coletava fundos para sustentar a organização no local.
Ventura foi condenado pelas tentativas de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, além do dano qualificado e da deterioração de bens tombados.
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Ademais da pena de prisão, o comerciante deverá pagar, juntamente com outros réus, 30 milhões de reais em indenização por danos morais coletivos.
O julgamento transcorreu em plenário virtual da Primeira Turma do STF, no período entre 20 e 30 de junho. O ministro Cristiano Zanin acompanhou o relator, Alexandre de Moraes, apresentando ressalvas. Luiz Fux apresentou divergência.
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A CNN, a defesa do comerciante alegou que a condenação é injusta, uma vez que Diogo Ventura não possui prerrogativa de foro para ser processado e julgado pelo STF.
Defendeu que seria improvável a admissibilidade dos Embargos de Declaração ou Embargos Infringentes, concluindo que todos seriam indeferidos.
Autor principal de ações antidemocráticas.
Diego Dias Ventura foi preso em 20 de julho de 2023 pela Polícia Federal, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, durante a etapa da Operação Lesa Patri.
Nas imagens de 8 de janeiro, Ventura é visto agredindo grades de proteção do STF. Ele também foi registrado já dentro do prédio, celebrando o que ele descreveu como a “missão cumprida”.
O indivíduo se apresentava como um dos articuladores primários do grupo Abrapa 01, que mantivera acampamento em frente à sede do Exército, em Brasília.
Através de vídeos e postagens nas redes sociais, ele incentivava novos apoiadores a se unirem ao movimento e divulgava a arrecadação de doações para sustentar a estrutura estabelecida no local.
Fonte por: CNN Brasil