O traficante conhecido como “Professor”, líder do Comando Vermelho, foi assassinado com um tiro na cabeça

Amante informou aos policiais que Fhillip da Silva Gregório cometeu suicídio e forneceu a arma que supostamente foi utilizada. O indivíduo era traficante e controlava o tráfico na favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão.

02/06/2025 18h09

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(Imagem de reprodução da internet).

O traficante Fhillip da Silva Gregório, apontado como membro da alta cúpula do Comando Vermelho (CV), morreu com um tiro na cabeça na noite de domingo, dia 1º. Ele estava foragido da Justiça desde 2018, após fugir da cadeia, e se escondia no Complexo do Alemão. A Secretaria Municipal de Educação informou que 16 escolas da região suspenderam as aulas em razão da morte do “Professor“. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Gregório. Segundo a Polícia Militar do Rio, o traficante deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, na zona norte do Rio, por volta das 21h30 de domingo, com uma marca de tiro na têmpora.

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Segundo a polícia, ele foi conduzido por seu advogado e por uma mulher com quem mantinha um relacionamento extraconjugal, sendo o óbito constatado na unidade. A mulher informou aos policiais que Phillip cometeu suicídio e forneceu a arma utilizada. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).

O “Professor” coordenava o movimento na comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão, e, após ser procurado pela polícia, permaneceu no local. Para evitar ser identificado, realizou implantes capilares e lipoaspiração em clínicas informais no complexo. A Polícia Federal investigou uma possível proteção concedida a ele por militares em troca de pagamento de propinas. O caso ainda tramita em andamento. De acordo com a PF, Fhillip era responsável pela aquisição e logística de entrega de armas, drogas e munições para grupos criminosos ligados ao CV. Ele possuía contatos com fornecedores do Paraguai, Peru, Bolívia e Colômbia.

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O “Professor” foi detido pela PF em março de 2015. Julgado e condenado a 14 anos de prisão, ele saiu da prisão em setembro de 2018, após obter a permissão de visitas domiciliares. Após deixar o Instituto Penal Edgard Costa, ele não retornou. Em novembro de 2020, o criminoso foi identificado como membro de uma organização envolvida em confronto com policiais da Unidade Policial Pacificadora (UPP) Fazendinha. O “Professor” conseguiu escapar. Na favela, ele exercia a cobrança de valores em troca de proteção a comerciantes. Um estabelecimento comercial de Inhaúma, que se recusou a pagar, sofreu um ataque de moradores, possivelmente motivado pelo traficante.

Em 2023, a PF identificou o “Professor” como um dos principais envolvidos em um esquema de importação e tráfico de armas provenientes do Paraguai, em parceria com países europeus como Croácia, Turquia, República Tcheca e Eslovênia. As armas eram destinadas ao CV e a grupos criminosos de países vizinhos. A Polícia Civil do Rio, apesar da informação de suicídio, está investigando todas as circunstâncias da morte do traficante. O corpo foi submetido a necropsia e a arma que teria matado o “Professor” foi encaminhada para perícia.

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Com informações do Estadão Conteúdo Publicado por Fernando Dias

Fonte por: Jovem Pan

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