Operação Menu do Crime: drogas eram introduzidas em presídios no Rio de Janeiro por meio de marmitas
A Polícia Civil investiga um esquema que utilizava quentinhas adulteradas para introduzir itens ilícitos, com a colaboração de funcionários públicos e uma empresa contratada.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro conduzirá na terça-feira (17) a “Operação Menu do Crime”, visando desmantelar uma organização criminosa que empregava marmitas para introduzir drogas, telefones celulares e outros objetos ilícitos em prisões da capital e da Baixada Fluminense.
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A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), com o apoio de delegacias especializadas e da Corregedoria da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
A operação envolveu 31 mandados de busca e apreensão em várias localidades, como Centro, Barra da Tijuca, Recreio dos Bandeirantes, Jacarepaguá, Ilha do Governador, Bangu, Duque de Caxias e São João de Meriti.
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A operação consiste no desmantelamento de uma apreensão realizada em 2023, na qual uma van de entrega de entorpecentes foi encontrada dentro do presídio Nelson Hungria, em Bangu, transportando 20 quilos de substâncias ilícitas, 71 aparelhos celulares, dezenas de acessórios e balanças de precisão. O valor total do material apreendido foi estimado em R$ 1,5 milhão.
Investigações apontaram que o esquema envolvia a participação de servidores da Seap e de funcionários de empresa terceirizada. Adicionalmente, ficou evidente que os criminosos manipulavam a logística das marmitas: os lacres originais eram removidos e recolocados após a troca das quentinhas adulteradas em pontos de parada fora da rota oficial.
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Na unidade prisional, foram detectados agentes penitenciários ligados ao esquema, que negligenciavam a fiscalização dos alimentos, possibilitando a entrada de itens proibidos entre os presos.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP) indicou que a empresa, contratada por terceiros para realizar o transporte, encontra-se no cerne das suspeitas. Acrescentou que a operação se fundamenta em relatórios de inteligência da própria secretaria, afirmando seu “compromisso com a legalidade, segurança e combate à corrupção dentro do sistema prisional”.
Fonte por: CNN Brasil