Organização das Nações Unidas emite alerta sobre risco de fome em treze países e territórios
Sem intervenção humanitária urgente, a Organização das Nações Unidas projeta uma deterioração significativa da insegurança alimentar grave, notadamente no Sudão, Sudão do Sul, Gaza, Haiti e Mali.

A população de Gaza, Sudão, Sudão do Sul e Haiti enfrenta um risco mortal de fome nos próximos meses, caso não haja intervenção humanitária urgente ou ação coordenada diante dos conflitos, alertou a ONU nesta segunda-feira (16). Um novo relatório semestral sobre “os pontos críticos da fome” no mundo “projeta uma grave deterioração da insegurança alimentar aguda em 13 países e territórios”, alertam a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
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A crise se intensificou devido às dificuldades enfrentadas pela população para acessar assistência e pela redução do financiamento de grandes doadores, como os Estados Unidos. Além das cinco regiões onde a situação piorou significativamente nos últimos meses, o relatório adverte que Iêmen, República Democrática do Congo, Mianmar e Nigéria “exigem atenção urgente para salvar vidas”. “Este relatório é um alerta vermelho. Sabemos onde está aumentando a fome e quem está em risco”, declarou Cindy McCain, diretora-executiva do PMA. “Mas sem financiamento ou acesso, não podemos salvar vidas”, acrescentou.
Na Faixa de Gaza, a probabilidade de fome aumenta à medida que as operações militares israelenses em larga escala dificultam a capacidade de entregar ajuda humanitária vital, sinaliza o documento. Os mais de dois milhões de habitantes de Gaza poderiam estar em uma situação de “crise ou pior” até setembro, e destes, 470.000 em “catástrofe”, o último nível antes da fome.
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Na Somália, onde a ONU diagnosticou a fome em 2024, mesmo que o governo não a tenha admitido, não se antecipa uma melhora da situação devido ao conflito e ao deslocamento da população. Em maio, aproximadamente 24,6 milhões de pessoas estavam em “crise ou pior” e, desse número, 637 mil estavam em “catástrofe”. Na Somália, cerca de 7,7 milhões de habitantes, mais da metade da população, também se encontravam “em crise ou pior”.
Com informações da AFP.
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Fonte por: Jovem Pan