Organização das Nações Unidas manifesta preocupação com a possibilidade de crime de guerra em Gaza
De acordo com um segundo órgão de Direitos Humanos, mais de 400 palestinos faleceram ao tentar chegar a locais de assistência que não estavam ligados à …

A Organização das Nações Unidas, através do Escritório de Direitos Humanos, declarou que, até a terça-feira (24.jun.2025), pelo menos 410 palestinos foram mortos por forças israelenses ao tentar acessar centros de distribuição de alimentos na Faixa de Gaza, operados pela GHF (Fundação Humanitária de Gaza), instituição apoiada por Israel e pelos Estados Unidos. Segundo o porta-voz Thameen Al-Kheetan, o emprego de alimentos como arma contra civis pode constituir crime de guerra.
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A GHF começou suas operações em 27 de maio, desconsiderando a ONU e outras organizações não governamentais consolidadas. Seus locais de assistência são frequentemente alvo de tiroteios, distúrbios e caos, com cidadãos expostos a riscos ao buscar alimentos. “Indivíduos em situação de extrema necessidade se deparam com uma escolha desumana: morrer de fome ou serem atingidos por fogo cruzado”, afirmou Al-Kheetan.
A ONU também reporta que pelo menos 93 pessoas faleceram em decorrência da ação do exército israelense ao tentar alcançar os trens restantes da organização e de parceiros humanitários. Cerca de 3.000 pessoas ficaram feridas em incidentes relacionados a centros de ajuda não ligados à ONU e a saques.
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Mulheres, crianças, idosos e pessoas com deficiência são os grupos mais vulneráveis, com a situação intensificada por mais de 20 meses de ataques e por um bloqueio quase completo de alimentos, combustível e medicamentos.
O OCHA (Escritório das Nações Unidas para Coordenação Humanitária) alertou que as operações de ajuda estão restritas devido a imposições de Israel. No último fim de semana, apenas metade das missões humanitárias solicitadas foram autorizadas.
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A crise de combustível também preocupa. De acordo com a OCHA, sem novas entregas, serviços como telecomunicações, ambulâncias e fornecimento de água podem colapsar. Hospitais como o Complexo Médico Nasser enfrentam superlotação e falta de acesso seguro.
Israel rejeita as alegações de crimes de guerra e atribui a culpa ao grupo extremista Hamas pela atuação entre a população civil. A Organização das Nações Unidas declara que a responsabilidade legal será definida por tribunais competentes.
Fonte por: Poder 360