Os Estados Unidos possuem “bombas destruidoras de bunkers” capazes de atingir usinas no Irã
Os bombardeiros B-2 transportam armamentos projetados para atingir alvos em áreas subterrâneas profundas.

Com o domínio do espaço aéreo iraniano, Israel não tem encontrado grandes dificuldades para conduzir ataques a Irã. Contudo, analistas em estratégia militar argumentam que, para atingir instalações nucleares localizadas sob o solo iraniano, o Exército israelense pode necessitar do apoio dos Estados Unidos.
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Algumas autoridades israelenses admitiram publicamente que Israel não será capaz de erradicar totalmente o programa nuclear iraniano, a menos que os Estados Unidos se juntem à operação com bombardeiros estratégicos aptos a lançar munições capazes de penetrar no subsolo.
Bombas B-2 e bombas “destruidoras de bunkers”
Seis bombardeiros B-2 foram transferidos em março para uma base militar americana e britânica na ilha de Diego Garcia, no Oceano Índico, informaram autoridades americanas à Reuters, em contexto de ataques dos EUA no Iêmen e ao aumento das tensões com o Irã.
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Existem apenas 20 bombardeiros B-2 no estoque da Força Aérea dos EUA, sendo, geralmente utilizados com moderação.
Esses bombardeiros apresentam tecnologia stealth, o que significa que são menos detectáveis pelo adversário, e estão preparados para transportar as bombas e armamentos nucleares mais pesados dos Estados Unidos.
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Os bombardeiros B-2 estão preparados para transportar o GBU-57 Massive Ordnance Penetrator, com 13.660 kg, desenvolvido para atingir alvos em áreas subterrâneas profundas. Essa arma, segundo especialistas, poderia ser utilizada para atacar o programa nuclear iraniano.
Instalação subterrânea da Fordow
A instalação de enriquecimento subterrâneo mais profunda no Irã, escavada em uma montanha, sofreu poucos ou nenhum dano visível pelos ataques israelenses, reiterou o Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) Rafael Grossi na segunda-feira (18).
A usina de Fordow possui aproximadamente 2.000 centrífugas em funcionamento, sendo responsável pela produção da maior parte do urânio enriquecido do Irã, atingindo até 60%.
Em um trimestre recente, a Fordow produziu 166,6 kg de urânio enriquecido com até 60%. Segundo um critério da AIEA, isso representaria material suficiente para quase quatro armas nucleares, caso o enriquecimento fosse aprofundado.
As potências ocidentais acusam o Irã de possuir uma agenda secreta para desenvolver armas nucleares, através do enriquecimento de urânio a um alto nível de pureza físsil, que excede a justificativa para um programa de energia atômica civil.
Teerã declara que seu programa nuclear é exclusivamente para fins energéticos civis.
Fonte por: CNN Brasil