Bradford G. Smith, diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), emprega um implante cerebral da Neuralink em parceria com inteligência artificial para comunicação na internet. O indivíduo de 36 anos é o terceiro paciente global a receber o dispositivo da empresa de Elon Musk. Em publicação no X (anteriormente Twitter) no final de abril, ele exibiu a habilidade de digitar unicamente através do pensamento.
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O aparelho Link opera através de fios finos ligados a um computador no crânio do paciente. Eletrodos detectam a atividade elétrica dos neurônios e enviam os sinais por rádio para um computador externo, possibilitando o controle do cursor na tela através do pensamento.
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Smith inovou ao integrar o implante com o Grok, chatbot também desenvolvido por Musk, a fim de gerar respostas mais naturais e rápidas nas redes sociais.
“Estou digitando isso com o meu cérebro”, publicou Smith no X. Em entrevista à MIT Technology Review, ele explicou seu método: “Pedi ao Grok que usasse esse texto para dar respostas completas às perguntas”. Smith esclareceu ainda: “Sou responsável pelo conteúdo, mas usei IA para redigir”.
A cirurgia para implante do chip foi realizada em novembro de 2024 nos Estados Unidos, onde a Neuralink executa testes clínicos após aprovação regulatória. Após o procedimento, o paciente consegue se comunicar com sua esposa e responder e-mails utilizando o cursor mental.
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A ELA, doença neurodegenerativa que deteriora progressivamente a função motora, torna a tecnologia de interface cérebro-computador particularmente importante para o caso de Smith.
Smith, em uma de suas publicações mais notáveis, descreveu a experiência como “ficção científica”. Ele relatou que, inicialmente, o cursor se movia como um “rato bêbado”, mas após semanas de treinamento com movimentos mentais imaginados, a precisão aumentou consideravelmente.
Além do implante e da IA, Smith emprega a tecnologia da startup ElevenLabs, que desenvolveu um “clonagem de voz” a partir de gravações antigas. A ferramenta transforma suas mensagens textuais em áudio com entonação similar à sua voz original.
A Neuralink ampliou seus testes clínicos no início de abril de 2025, disponibilizando inscrições para voluntários em todo o mundo interessados no implante cerebral. O segundo paciente, identificado como Alex, que sofre de lesão medular, demonstrou capacidade de utilizar softwares de design 3D e jogar videogames após o implante.
Não há informações sobre quanto tempo o dispositivo permanecerá funcional ou se haverá necessidade de substituição futura. A empresa também não divulgou detalhes sobre possíveis limitações de longo prazo da tecnologia.
Fonte: Poder 360