As medidas contempladas em um “pacote do petróleo” para arrecadar entre R$ 35 bilhões e R$ 40 bilhões podem gerar riscos concretos no mercado, de acordo com a equipe de analistas de Petróleo e Gás (O&G) do BTG Pactual.
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O relatório indica que o pacote representa a concretização do risco regulatório no setor de exploração e produção do Brasil. Ele ressalta que o ambiente de negócios permanece um risco fundamental, inclusive para empresas expostas aos preços globais do petróleo e à taxa de câmbio.
O BTG recomenda as seguintes medidas:
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A CNN apurou que o “pacote” viria como alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). As medidas foram apresentadas nesta segunda-feira (2) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Elas independentes de aval do Congresso.
De acordo com informações oficiais, a União deverá receber mais de 20 bilhões de reais até 2025. Outras medidas também entrarão em vigor em 2026.
O BTG destaca que ainda existe incerteza em relação a essas medidas, que podem ser modificadas ou não aprovadas. Contudo, se avançarem, a Petrobras, como maior produtora de petróleo do país, é a mais vulnerável ao pacote do governo.
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As propostas, incluindo a revisão das regras de participação especial e o leilão de volumes excedentes nos campos do pré-sal, provavelmente impactariam mais a Petrobras do que outras empresas. O governo espera obter R$ 9 bilhões adicionais por meio de alterações nas participações especiais e, considerando a forte presença da PBR em áreas de concessão altamente produtivas, ela arcaria com uma parcela considerável desse valor.
A avaliação do leilão de áreas adjacentes em Tupi, Mero e Atapu é projetada para arrecadar até R$ 15 bilhões; ainda que consideremos esse valor como otimista, qualquer aquisição pela Petrobras ocorreria às custas de dividendos no curto prazo, embora possa adicionar Valor Presente Líquido positivo ao portfólio.
Com informações de Daniel Rittner e Vitória Queiroz, da CNN.
O BTG questiona que isso pode representar a concretização de um risco regulatório já bastante alertado, que se mostra mais uma solução de curto prazo para os problemas fiscais do Brasil do que uma política bem estruturada.
Consideramos que isso diminui a exposição e eleva os gastos para conduzir atividades no país, podendo desmotivar investimentos de longo prazo.
Fonte por: CNN Brasil