Polícia identifica cinco suspeitos no assassinato de professora em São Paulo
Ex-parceira permanece detida sob medidas cautelares; o delito pode ter origem em questões relacionadas a ciúmes e um apólice de seguro de vida no valor de R$ 500 mil.

A professora Fernanda Reinecke Bonin, de 42 anos, foi assassinada em abril, em São Paulo. Fernanda Loureiro Fazio, de 45 anos, é a suspeita de ter ordenado o crime. Presa preventivamente, Fazio teria coordenado uma emboscada com quatro indivíduos.
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Na coletiva de imprensa de sexta-feira (9), a Polícia Civil detalhou alguns aspectos do inquérito. Além das disputas familiares decorrentes do divórcio do casal e da guarda dos filhos, a polícia investiga se questões financeiras e interesses amorosos foram motivações para o crime. A vítima estava em um novo relacionamento e se preparava para se mudar para o exterior após receber uma proposta de emprego.
Também foi analisado um seguro de vida no valor de R$ 500 mil, com os filhos como beneficiários. Em virtude de sua responsabilidade legal pelas crianças, Fazio poderia ter tido acesso indireto ao montante.
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A polícia indica que cinco indivíduos participaram do feminicídio. Entre eles, Fazio, João Paulo Bourquin, Rosemberg Joaquim de Santana, Ivo Resende dos Santos e uma mulher cujo nome não foi divulgado pelas autoridades.
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A investigação indicou que Rosemberg era um “faz de tudo” de Fernanda Fazio e que ele teria cooptado os demais para o assassinato. Contudo, a polícia ainda não sabe a dinâmica de cada um dos envolvidos. João Paulo e Fernanda estão presos. Rosemberg e Ivo são considerados foragidos. Os três homens têm antecedentes por homicídio e envolvimento com drogas.
O corpo de Bonin foi encontrado em 28 de abril em um terreno baldio na zona sul da capital, apresentando sinais de estrangulamento. A investigação indica que ela foi levada por Fazio até o local do crime sob o pretexto de auxiliar um veículo com problemas mecânicos, fato que teve sua veracidade contestada por laudo técnico.
Foram encontradas uma faca e um celular sem chip no veículo de Bonin, e a polícia suspeita que ela tenha sido morta por estrangulamento. A delegada Ivalda Aleixo, diretora do departamento de homicídios, informou que a vítima foi morta com um cadarço e “João Paulo tinha uma coleção de cadarços em casa”.
O caso é investigado como feminicídio e está sob análise do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que busca determinar a participação de cada envolvido e capturar os suspeitos.
Fonte: CNN Brasil