Preços de tênis Adidas como o Samba e modelos populares subirão nos Estados Unidos
29/04/2025 às 18h49

O Adidas Samba e outros tênis populares da marca esportiva apresentarão preços mais elevados nos Estados Unidos. O aumento é consequência das tarifas anunciadas por Donald Trump para produtos de países importados para o território americano. Todavia, os novos valores ainda não foram divulgados.
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As tarifas de Trump tiveram um impacto significativo no comércio internacional, gerando tensões comerciais e afetando cadeias de suprimentos globais.
Os impostos de importação – uma tentativa de Trump de fortalecer a atividade industrial nos EUA – terão impacto direto no bolso dos estadunidenses em relação aos preços de produtos da Adidas, já que “quase nenhum” dos produtos da marca é fabricado nos EUA, de acordo com Gulden. “Essas tarifas mais altas acabarão causando custos mais altos para todos os nossos produtos no mercado americano”, completou o CEO.
Diante da incerteza nas negociações entre os EUA e os diversos países exportadores, não se sabe quais serão as tarifas finais. Assim, não se pode tomar nenhuma decisão definitiva sobre o que fazer, afirmando que, por ora, não é possível concluir qual impacto isso poderia ter na demanda do consumidor por nossos produtos.
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Quase todo o vestuário (98%) consumido nos Estados Unidos é produzido em outros países, como Vietnã e principalmente a China, responsável por cerca de 30% do total. Os produtos chineses que entram nos EUA terão cobranças de 145% sobre o preço original. O Vietnã, por sua vez, foi taxado em 46%, nas tarifas temporariamente suspensas por 90 dias.
Abaixo, visualize a linha do tempo das alterações nas tarifas de Trump em relação à China.
Fábricas em países asiáticos.
A escassez de mão de obra qualificada e de equipamentos adequados são fatores que limitam a produção de tênis esportivos nos Estados Unidos. Em contraste, o Sudeste Asiático, incluindo Vietnã e Indonésia, apresenta uma forte presença de fabricantes esportivos de calçados, como Adidas, Puma e Nike.
Diante da suspensão de 90 dias nas tarifas, após o anúncio de Trump, os países estão em negociação para alcançar acordos mais vantajosos. A Adidas, por sua vez, reforçou as vendas durante o período para reduzir o impacto futuro dos impostos. A empresa também antecipou o envio de artigos com produção chinesa, que originalmente seriam destinados aos EUA, para outros mercados, mantendo apenas 3% das remessas iniciais.
Alfinetada para a Nike
Na terça-feira (29/4), Bjørn Gulden afirmou que não depende tanto dos Estados Unidos, que representam apenas 1/5 da receita da fabricante esportiva, o que lhe confere uma vantagem em comparação com empresas que são mais americanas.
Em 2025, o primeiro trimestre representou o melhor desempenho comercial da Adidas, com 76 anos de história. Os lucros desse período quase dobraram, atingindo 610 milhões de euros. Modelos clássicos como o Samba impulsionaram as vendas em mercados internacionais.
Vantagem sobre a concorrência
Até então, conforme Gulden, não houve alteração no comportamento de consumo dos clientes, nem cancelamentos de pedidos por parte de varejistas. Em contrapartida, o encerramento da linha Yeezy, com o rapper Ye, resultou em um aumento das vendas nos Estados Unidos inferior ao registrado nos demais mercados, que alcançaram dígitos positivos mais elevados.
As perdas decorrentes das quedas em ações após os anúncios do presidente americano no início de abril, como se verificou em algumas marcas, foram em grande parte recuperadas. Inclusive, quando comparada às quedas expressivas das concorrentes Nike (48%) e Puma (39%).
Fonte: Metrópoles