O primeiro-ministro da Holanda, Dick Schoof (independente), anunciou novas eleições legislativas no país após a queda do governo. O principal partido da coalizão, PVV (Partido pela Liberdade, direita), retirou-se do acordo político devido a discordâncias sobre políticas de imigração.

A convocação de novas eleições também demanda a renúncia do primeiro-ministro, que permanecerá no governo interino até a realização do pleito. “Estamos enfrentando grandes desafios tanto ao nível nacional quanto internacional que exigem determinação de nossa parte”, declarou Schoof.

A Assembleia da Holanda, com 150 cadeiras, era liderada pela coalizão “Gabinete Schoof”, que compreendia 4 partidos com 88 deputados – número suficiente para aprovar projetos do governo.

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A saída do PVV, que detinha o maior número de representantes na coalizão, derruba o governo de Schoof. Se não contar com ampla maioria, a primeira-ministra não pode aprovar propostas de orçamento, medidas e outros planos para o país.

O líder do PVV, Geert Wilders, justificou a saída do partido, alegando ausência de apoio da coalizão para tratar de questões relacionadas à imigração no Parlamento. O representante de direita solicitou ao governo que fechasse as fronteiras e expulsasse os imigrantes que solicitam asilo.

“Não há assinatura para nossos planos de asilo. Sem alterações no Acordo Geral. O PVV deixa a coalizão”, disse Wilders em publicação no X (ex-Twitter) sobre a falta de aprovação do governo.

A decisão do PVV gerou reações negativas dos demais partidos da coalizão. A primeira-ministra declarou em uma reunião de emergência que “o fracasso do governo seria desnecessário e irresponsável”.

Wilders declarou que comandará o PVV na próxima eleição e almeja o cargo de primeiro-ministro da Holanda. A próxima votação deverá ocorrer no segundo semestre, em razão dos prazos constitucionais.

São estabelecidas exigências como o prazo de 83 dias para o registro dos partidos e a apresentação dos candidatos até 42 dias antes da eleição.

Fonte por: Poder 360