Proteja o SUS, o SUS na Assistência Social

O SUS deve estar presente na agenda diária e com ampla divulgação à população, visto que é ele o principal responsável por prevenir grandes problemas so…

06/08/2025 10h20

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(Imagem de reprodução da internet).

Completando 20 anos, uma das maiores iniciativas que promove a diferença na vida dos mais vulneráveis em todo o Brasil, ainda há um longo caminho a ser percorrido, diante de um sistema ainda tão pouco conhecido. O chamado SUAS, Sistema Único de Assistência Social, ainda não é tão famoso quanto o SUS, da Saúde, mas tem facilitado a vida de brasileiros desde 2005, desde os dois anos do primeiro mandato do presidente Lula, e deve ser defendido pela população como importante pilar.

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Apesar de ainda ser tão pouco conhecido, o SUAS necessita estar na agenda do dia e ter uma maior divulgação junto à população, pois é ele que evita catástrofes sociais.

Dito assim, parece excesso, mas o SUS é importante de pontuar seu papel e relevância. O Sistema Único de Saúde é um sistema público, descentralizado e participativo que organiza a política de assistência social no Brasil, articulando as ações propostas por União, estados, Distrito Federal e municípios. Trata-se do sistema que assegura proteção social a indivíduos, suas famílias e comunidades inteiras em todo o território nacional.

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Ao garantir a saúde do cidadão, o SUS atua em conjunto com os SUAS, que se concentram em atender aqueles que necessitam prioritariamente com alimentação, pagamentos de contas e, sobretudo, a regularização de seus direitos. Trata-se de centralizar todas as receitas em um único local, assegurando que qualquer orçamento, proveniente da União, do Estado ou do município, seja contemplado.

Se um é política pública na veia, o SUAS é política pública na mesa. E cabe a todos nós fortalecer essa visão, de pilar fundamental, para uma sociedade mais justa e inclusiva. Investir em programas sociais é tão importante quanto beneficiar Saúde ou Educação. É através da Assistência Social que remetemos à qualidade de vida de toda a sociedade.

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Brizola tornou-se um ícone popular ao defender que a pobreza deve ser enfrentada e combatida, mas nunca com o estômago vazio. A escola é importante, mas outros direitos mínimos também! E o direito à alimentação vem primeiro, é primordial para a preparação do ser humano e, por conseguinte, seu desenvolvimento. E isso é tarefa do trabalho do qual faço parte, que muito esbarra nos ensinamentos dos saudosos quadros do PDT, como o nosso eterno governador e Darcy Ribeiro.

Foi uma experiência muito positiva para mim e é uma honra seguir em frente com o que foi construído.

O braço do Sistema, o Cadastro Único, é uma ferramenta que concentra todos os benefícios sociais. Na minha missão na Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, é difundir essa maravilha e agilidade para quem conta com o abono para seu sustento. Lançamos o CadMóvel Carioca, este ano, e tem sido um sucesso gratificante entregar isso a milhares de cariocas.

Investimos em ações itinerantes, uma luta diária para alcançar pessoas que se encaixam no perfil para o auxílio, e que residem no Rio de Janeiro ou escolheram a Cidade Maravilhosa para viver. Acreditamos na importância de levar este conhecimento tão essencial a locais de difícil acesso na segunda metrópole do país, capacitando chefes de família e os mais necessitados.

Além de visitar as residências ou locais centrais de cada uma das regiões do Rio, nosso trabalho inclui abrigos e as ruas. A ideia é dar os mesmos direitos a todos, com escuta, empatia e fraternidade. Precisamos lutar para amenizar a desigualdade social e a síndrome de falta de merecimento que alguns ainda enfrentam.

O Rio de Janeiro possui estrutura, profissionais qualificados e eu monitoro essa situação de perto, diariamente. Conseguiremos vencer, mas continuo triste por a orientação não alcançar os demais municípios fluminenses e do Brasil. Ao contrário da Prefeitura do Rio, que reconhece a necessidade de oferecer o recurso e os meios para a aquisição, muitos gestores ignoram o problema e os mais vulneráveis ficam sem acesso ou acesso limitado ao direito. Por isso, mais do que nunca, precisamos defender o SUAS. Que o SUAS esteja sempre presente, para que, diante de uma postura negacionista e de Estado restritivo, ele não se limite a uma solução superficial e insuficiente.

Leo Lupi é jornalista, com pós-graduação em Política e Sociedade pela Uerj e atuante como subsecretário de Relações Institucionais na Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro.

Este é um artigo de opinião e não representa necessariamente a linha editorial do Brasil do Fato.

Fonte por: Brasil de Fato

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