O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira (1º) que é necessário discutir medidas para alcançar uma paz duradoura e sem limites de tempo na Ucrânia. A fala foi durante um encontro com o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko.

O líder russo, quando questionado sobre algumas das condições necessárias para Moscou em relação às perspectivas de uma paz na Ucrânia, enfatizou que é fundamental assegurar as condições para o idioma russo e a Igreja Ortodoxa no país.

Putin afirmou que questões humanitárias – incluindo a língua russa, a independência e condições adequadas para o desenvolvimento da Igreja Ortodoxa, e a Igreja Cristã na Ucrânia – devem ser discutidas e constituir a base para uma paz duradoura, sem limites de tempo.

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O presidente russo não mencionou diretamente o líder estadunidense Donald Trump, mas fez referência a declarações que o presidente dos EUA disse estar “frustrado” com a Rússia nas conversas.

“Se alguém está decepcionado com as conversas de paz, isso vem de expectativas infladas”, completou Putin.

Putin assegurou a informação divulgada na última quinta-feira (31) pelo Ministério da Defesa da Rússia de que o exército teria assumido o controle da cidade de Chyasov Yar, outro ponto estrategicamente relevante da defesa ucraniana na região de Donetsk.

Apesar do anúncio da tomada da cidade pelo Ministério da Defesa russo, as forças de Kiev negaram ter perdido o controle total da região.

O presidente Putin afirmou aos jornalistas que “houve relatos de que um novo assentamento foi tomado – Chasov Yar, é um assentamento bastante grande. Já ouvimos que isso não é verdade. Posso dizer, garanto que isso é completamente verdade”.

O presidente russo afirmou que, embora o Ministério da Defesa russo tenha feito uma declaração na quinta-feira, Chasov Yar foi tomada há vários dias. Vladimir Putin acrescentou ainda que as tropas russas estão avançando em toda a linha de combate no conflito ucraniano.

Produção em série de mísseis “Oreshnik”.

O presidente russo também afirmou que o primeiro complexo em série de mísseis “Oreshnik” foi produzido na Rússia e já foi entregue às tropas russas.

“Produzimos o primeiro complexo em série do Oreshnik. O primeiro míssil em série. E ele entrou em serviço com as tropas”, declarou o líder russo.

Em novembro de 2024, a Rússia lançou um ataque contra a Ucrânia, empregando uma ogiva não nuclear do novo sistema de mísseis “Oreshnik” em retaliação aos ataques com mísseis ocidentais de longo alcance ATACMS e Storm Shadow conduzidos pela Ucrânia.

A utilização de armamentos inéditos no conflito ucraniano, por parte da Rússia, ocorreu após a informação de que os EUA, após meses de análise, permitiram que a Ucrânia atacasse a Rússia com mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos. Moscou considerou a decisão como um “novo ciclo de tensão”.

O Comandante das Forças de Mísseis Estratégicos Russos, Sergei Karakayev, ao comentar sobre as características do novo míssil, declarou que o armamento “possui proteção com alta eficiência desde ataques individuais até ataques em grupo”. “Com base nas tarefas definidas e no alcance desta arma, ela pode atingir alvos em qualquer lugar do território da Europa, o que a distingue favoravelmente de outras armas de precisão de longo alcance”, acrescentou.

Fonte por: Brasil de Fato