Segundo informações do Ministério da Saúde, as primeiras 750 mil doses da vacina Qdenga chegaram ao Brasil no último sábado e estarão disponíveis pelo SUS (Sistema Único de Saúde). O imunizante, que protege contra a dengue, recebeu aprovação da Anvisa em 2023, mas anteriormente só estava disponível na rede privada.
Esse primeiro lote faz parte de um pacote de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica Takeda, produtora da vacina, sem custos para o governo brasileiro.
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O Ministério da Saúde já adquiriu todas as 5,2 milhões de doses da Qdenga disponíveis, e a distribuição ocorrerá em fases, de janeiro até novembro.
A chegada da vacina é crucial diante do aumento de mais de 100% nos casos de dengue em comparação com o mesmo período do ano anterior.
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Sobre a vacina Qdenga
A vacina Qdenga é produzida com o vírus da dengue atenuado, o que significa que ela não apresenta risco de causar a doença. No entanto, a presença do microrganismo na vacina é suficiente para estimular o sistema imunológico a gerar uma resposta, produzindo anticorpos de maneira segura e controlada.
Atualmente, a Qdenga disponível é tetravalente, protegendo contra quatro sorotipos do vírus: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.
Para alcançar a imunização completa, são necessárias duas doses da vacina, cada uma com 0,5 mililitros. Após 30 dias da aplicação da segunda dose, a eficácia da vacina é de 80,2%.
Quando se trata de casos mais graves que exigem hospitalização, a Qdenga oferece uma proteção de 90,4%. Após completar o esquema vacinal, não é necessário receber doses de reforço ao longo da vida.
Quem deve receber a Qdenga agora
Em geral, a vacina Qdenga pode ser administrada a pessoas com idades entre quatro e 60 anos, mesmo se elas já tiverem tido dengue anteriormente. Não é necessário realizar testes antes da vacinação.
No entanto, devido à quantidade limitada de doses recebidas pelo governo brasileiro, não é possível vacinar todos os 30,5 milhões de indivíduos na faixa etária prioritária, que vai dos seis aos 16 anos. Com as 5 milhões de doses adquiridas pelo Ministério da Saúde ao longo do ano, será possível imunizar completamente cerca de 2,5 milhões de pessoas, o que representa aproximadamente 1,1% da população.
Dessa forma, o órgão estabeleceu critérios para a seleção dos indivíduos a serem vacinados. O primeiro critério é a idade, priorizando aqueles na faixa etária que tem maior incidência de hospitalizações por dengue, atualmente compreendendo crianças de 10 a 14 anos.
Além disso, o governo dará preferência a regiões com municípios considerados de grande porte, ou seja, com uma população superior a 100 mil habitantes e que enfrentam alta transmissão da doença.
