Sanders compara o ataque ao Irã com as guerras do Vietnã e do Iraque

O senador dos Estados Unidos Bernie Sanders (independente de Vermont) criticou no domingo (22.jun.2025) a nova ofensiva militar do presidente Donald Trump (Partido Republicano) contra o Irã. “Não podemos permitir que a história se repita”, declarou Sanders em comunicado.

O senador, em nota à imprensa, comparou o conflito atual a eventos como a Guerra do Vietnã e a invasão do Iraque, considerando a escalada como “mais uma guerra baseada em mentiras”. A íntegra do comunicado está disponível em inglês (PDF – 547 kB).

O senador afirmou que o povo norte-americano foi enganado sobre o Vietnã, com consequências trágicas. O povo norte-americano foi enganado sobre o Iraque, com consequências trágicas. O povo norte-americano está sendo enganado novamente.

A declaração ocorreu após os recentes bombardeios autorizados por Trump contra instalações iranianas, sob a justificativa de conter supostas ameaças nucleares e retaliar ataques a bases norte-americanas na região. Para Sanders, esse tipo de justificativa ressoa com falsos alertas do passado — como a acusação de que o Iraque de Saddam Hussein possuía armas de destruição em massa, utilizada em 2003 para legitimar a invasão.

Sanders afirmou que autoridades como Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, também tiveram um papel central nessa retórica. “Ele garantiu ao Congresso que a queda de Saddam teria repercussões positivas. Sabemos o que veio depois: uma guerra civil devastadora e nenhuma arma nuclear encontrada”, declarou.

A declaração do senador é um pedido por cautela e foco em questões internas. Ele argumenta que os Estados Unidos lidem com “enormes problemas internos” que exigem atenção. “Não devemos ser levados a mais uma guerra no Oriente Médio, fundamentada em falsidades”, afirmou.

Nas eleições dos EUA de 2024, Sanders foi reeleito para o seu 4º mandato como senador, representando o Estado de Vermont. Ele é um político independente, mas vota com os democratas na Câmara Alta. Sanders disputou a nomeação do Partido Democrata à Casa Branca em 2016 e 2020, perdendo para Hillary Clinton e Joe Biden, respectivamente.

Fonte por: Poder 360