Senadores brasileiros realizam a primeira reunião de missão sobre tarifas em Washington
A reunião preparatória teve como foco atualizar os parlamentares sobre questões prioritárias e ajustar os pontos a serem debatidos nas próximas reuniões…

Senadores brasileiros realizaram uma primeira reunião de trabalho na noite de sábado (26), em Washington, nos Estados Unidos, dentro da missão oficial na capital americana, para discutir as tarifas de 50% aos produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto. Teresa Cristina (PP-MS), Nelsinho Trad (PSD-MS), Esperidião Amin (PP-SC), o astronauta Marcos Pontes (PL-SP) e Fernando Farias (MDB-AL) participaram das conversas. O encontro foi preparatório e visou atualizar os parlamentares sobre os temas prioritários e alinhar os pontos a serem discutidos nas reuniões com congressistas norte-americanos e representantes do setor produtivo dos EUA.
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O objetivo foi atualizar a temática e alinhar os pontos que abordaremos ao longo da missão. Essa preparação é fundamental para garantir uma atuação coesa, institucional e estratégica em nome do Brasil, afirmou o senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores e coordenador da missão, em nota. Os senadores Carlos Viana (Podemos-MG), Jacques Wagner (PT-BA) e Rogério Carvalho (PT-SE) devem chegar a Washington neste domingo.
A comitiva oficial do Senado brasileiro tem como objetivo principal realizar atividades nos Estados Unidos, em um momento em que o Congresso americano inicia o período de recessão parlamentar. A Câmara dos Deputados entrou em recessão na semana passada, e o Senado americano continuará em sessão até 31 de julho. Com a agenda legislativa reduzida, o foco da missão brasileira deverá ser o setor empresarial. As negociações entre Brasil e EUA ganharam força nos últimos dias, porém, sem avanços significativos, devido ao receio de que os EUA implementem novas sanções contra o país.
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Espera-se que o presidente dos EUA, Donald Trump, assine uma ordem executiva nos próximos dias com as justificativas legais para taxar os produtos importados do Brasil em 50%, a partir de agosto, conforme relatos na imprensa. Isso ocorre porque a investigação do Escritório de Representação de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês) para apurar práticas comerciais injustas no Brasil, e que também teria o mesmo objetivo, poderia consumir mais tempo. Na semana passada, senadores americanos enviaram uma carta ao presidente Trump, criticando a taxação ao Brasil. No documento, acusam o chefe da Casa Branca de “claro abuso de poder” e que interferir no sistema jurídico de uma nação soberana cria um “precedente perigoso” e provoca uma “guerra comercial desnecessária”.
Com informações do Estadão Conteúdo.
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Fonte por: Jovem Pan