Trump adverte sobre risco nuclear após ataque da Ucrânia à Rússia

Keith Kellogg, designado por Donald Trump para a Ucrânia, afirmou que o risco de escalada da guerra está “aumentando significativamente” após as forças ucranianas utilizarem drones para atacar bombardeiros com capacidade nuclear em diversas bases no interior da Rússia.

A Ucrânia anunciou ataques a campos de aviação na Sibéria e no extremo norte da Rússia no fim de semana, com alvos a até 4.300 km das linhas de frente do conflito.

“Estou lhe dizendo, os níveis de risco estão subindo muito – quero dizer, o que aconteceu neste fim de semana”, afirmou Kellogg à Fox News.

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As pessoas precisam compreender a importância do espaço de segurança nacional: ao atacar uma parte do sistema de sobrevivência de um oponente, como o poder nuclear, o nível de risco aumenta, pois não se sabe o que o outro lado irá fazer. Não se tem certeza.

Rússia e Estados Unidos controlam, em conjunto, aproximadamente 88% de todo o arsenal nuclear.

Cada potência dispõe de três métodos primários de ataque utilizando ogivas nucleares, denominados tríade nuclear: bombardeiros estratégicos, mísseis balísticos intercontinentais lançados por terra e mísseis balísticos lançados por submarinos.

Kellogg afirmou que o prejuízo sofrido pelos bombardeiros russos no fim de semana era de menor relevância em comparação com o impacto psicológico sobre a Rússia e que ele estava especialmente preocupado com relatos não confirmados de um ataque ucraniano a uma base naval no norte do país.

A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou na terça-feira (3) que Donald Trump não recebeu informações prévias sobre os ataques de drones da Ucrânia.

Rússia e Ucrânia conduziram negociações em Istambul, na Turquia, na segunda-feira (2), porém obtiveram pouco avanço para concluir a guerra.

Kellogg indicou que a Ucrânia tinha demonstrado uma posição bastante justificável, contudo, a Rússia exibiu uma posição excessivamente inflexível, e que o objetivo atual é “tentar transpor essa questão”.

Fonte por: CNN Brasil