Trump critica novamente a Espanha pela falta de acordo em aumentar os gastos com defesa na Otan

O governo espanhol manteve o investimento militar em 2,1% do Produto Interno Bruto, após avaliação da cúpula, enquanto o acordado para demais países mem…

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Den Haag (Netherlands), 25/06/2025.- US President Donald Trump (C) attends a press conference with US Defence Secretary Pete Hegseth (L) and US State Secretary Marco Rubio (R) after the NATO Summit in The Hague, Netherlands, 25 June 2025. (Países Bajos; Holanda, La Haya) EFE/EPA/Robin van Lonkhuijsen

A Espanha recebeu críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma coletiva de imprensa na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por não ter cumprido o acordo estabelecido por todos os países membros da aliança de elevar os gastos com defesa a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). “Terrivelmente o que a Espanha fez”, afirmou o republicano nesta quarta-feira (25). Trump ressaltou que Madri foi o único membro da aliança a “descumprir” o pacto, e sinalizou que pretende impor custos econômicos à Espanha durante as negociações bilaterais de sua política tarifária.

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Ele afirmou que os espanhóis pagariam o dobro em um acordo comercial conosco. Estou falando com seriedade. Os espanhóis pagarão de volta para nós em negociações comerciais, prometeu Trump. “Eu faço questão de negociar diretamente com a Espanha. A Espanha vai pagar”, completou Trump, elevando as críticas.

O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, assegurou que seu país não destinará mais de 2,1% do seu Produto Interno Bruto a defesa, após o parecer que considera ter sido fornecido pela liderança da OTAN, percentagem que, segundo ele, possibilitará cumprir “em tempo e forma” todos os compromissos com as capacidades da Aliança. Sánchez, na coletiva de imprensa que realizou ao final da cúpula, afirmou que esta foi um sucesso para a Espanha, para a OTAN, para a segurança de todos e para o estado de bem-estar.

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Todos os aliados apoiaram uma declaração final que expressa seu compromisso inabalável com a defesa coletiva e o objetivo de alcançar um investimento de 5% de seu PIB em defesa, mas em termos que, segundo o governo espanhol, permitem a ambiguidade e que não haja uma obrigação de atingir essa porcentagem. É o que repetiu Sánchez, como já havia feito no último domingo em sua declaração após o acordo com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, que afirmou que dava flexibilidade à Espanha para não aumentar mais seu gasto militar.

O chefe de governo afirmou que uma despesa de 2,1% é suficiente e viável nos próximos anos, conforme orientação dos técnicos de Defesa para atender aos compromissos com a OTAN. O governante agradeceu o respeito dos aliados em relação à soberania da Espanha e assegurou que o país continuará sendo um componente fundamental da arquitetura de segurança europeia.

O chefe de governo utilizou a entrevista coletiva para responder às críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou a Espanha de ser um problema para a OTAN, assegurando que “a Espanha sempre é a solução, nunca é o problema”. Diante dessas acusações, Sánchez reiterou que a Espanha defendeu com convicção suas posições na cúpula e não ultrapassará os 2,1% do PIB em seu gasto em defesa, frente às pressões para que chegasse a 5%, algo que ele acredita que teria sido aceito se o país tivesse outro presidente no governo. Sánchez revelou ainda que não teve oportunidade de conversar com o presidente americano e nem sequer de cumprimentá-lo, o que atribuiu a algo “casual”.

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Com informações do Estadão Conteúdo e EFE.

Fonte por: Jovem Pan

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