A Espanha recebeu críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma coletiva de imprensa na cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por não ter cumprido o acordo estabelecido por todos os países membros da aliança de elevar os gastos com defesa a 5% do Produto Interno Bruto (PIB). “Terrivelmente o que a Espanha fez”, afirmou o republicano nesta quarta-feira (25). Trump ressaltou que Madri foi o único membro da aliança a “descumprir” o pacto, e sinalizou que pretende impor custos econômicos à Espanha durante as negociações bilaterais de sua política tarifária.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Ele afirmou que os espanhóis pagariam o dobro em um acordo comercial conosco. Estou falando com seriedade. Os espanhóis pagarão de volta para nós em negociações comerciais, prometeu Trump. “Eu faço questão de negociar diretamente com a Espanha. A Espanha vai pagar”, completou Trump, elevando as críticas.
O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, assegurou que seu país não destinará mais de 2,1% do seu Produto Interno Bruto a defesa, após o parecer que considera ter sido fornecido pela liderança da OTAN, percentagem que, segundo ele, possibilitará cumprir “em tempo e forma” todos os compromissos com as capacidades da Aliança. Sánchez, na coletiva de imprensa que realizou ao final da cúpula, afirmou que esta foi um sucesso para a Espanha, para a OTAN, para a segurança de todos e para o estado de bem-estar.
LEIA TAMBÉM!
Todos os aliados apoiaram uma declaração final que expressa seu compromisso inabalável com a defesa coletiva e o objetivo de alcançar um investimento de 5% de seu PIB em defesa, mas em termos que, segundo o governo espanhol, permitem a ambiguidade e que não haja uma obrigação de atingir essa porcentagem. É o que repetiu Sánchez, como já havia feito no último domingo em sua declaração após o acordo com o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, que afirmou que dava flexibilidade à Espanha para não aumentar mais seu gasto militar.
O chefe de governo afirmou que uma despesa de 2,1% é suficiente e viável nos próximos anos, conforme orientação dos técnicos de Defesa para atender aos compromissos com a OTAN. O governante agradeceu o respeito dos aliados em relação à soberania da Espanha e assegurou que o país continuará sendo um componente fundamental da arquitetura de segurança europeia.
O chefe de governo utilizou a entrevista coletiva para responder às críticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que acusou a Espanha de ser um problema para a OTAN, assegurando que “a Espanha sempre é a solução, nunca é o problema”. Diante dessas acusações, Sánchez reiterou que a Espanha defendeu com convicção suas posições na cúpula e não ultrapassará os 2,1% do PIB em seu gasto em defesa, frente às pressões para que chegasse a 5%, algo que ele acredita que teria sido aceito se o país tivesse outro presidente no governo. Sánchez revelou ainda que não teve oportunidade de conversar com o presidente americano e nem sequer de cumprimentá-lo, o que atribuiu a algo “casual”.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Com informações do Estadão Conteúdo e EFE.
Fonte por: Jovem Pan