Boulos solicita suspensão do Discord após plano de ataque a show de Lady Gaga
Deputado federal do PSOL move ação contra plataforma utilizada por suspeitos.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) solicitou, na terça-feira (6 de maio de 2025), ao Ministério Público Federal uma ação para suspender o Discord no Brasil.
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A ação ocorreu após a Polícia Civil do Rio impedir um ataque, orquestrado na plataforma, com explosivos improvisados durante um show da cantora Lady Gaga no sábado (3.mai).
O Discord é uma plataforma de comunicação por voz, vídeo e texto, desenvolvida inicialmente para a comunidade gamer, mas que se expandiu para diversos públicos. Lançado em 2015, o serviço permite a criação de servidores – espaços organizados em canais – em que usuários podem interagir em grupos públicos ou privados.
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As investigações policiais demonstraram que os suspeitos visavam a comunidade LGBTI+ participante do evento. A operação, chamada Fake Monster, levou à execução de 15 mandados de busca e apreensão contra 9 indivíduos, com idades entre adultos e adolescentes, localizados nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.
No documento encaminhado ao Ministério Público, o congressista argumenta que a plataforma não possui representação legal no Brasil nem CNPJ. Boulos afirmou que a descoberta do plano “demonstra mais uma vez como a plataforma está sendo instrumentalizada por criminosos para orquestrar crimes de ódio, violência, assassinatos e, agora, ataques terroristas”.
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O deputado comparou a situação do Discord com o caso que levou à suspensão do X no Brasil. “A inexistência da devida representação legal em território nacional, juntamente com a leniência e a permissividade aos discursos de ódio e à incitação para a prática de crimes contra as instituições democráticas, foi um dos principais fundamentos para a ordem de suspensão da rede social X pelo Supremo Tribunal Federal”, declarou.
A Polícia Civil do Rio constatou que o grupo investigado disseminava conteúdos violentos e “desafios” na plataforma. Os indivíduos almejavam fama através dos ataques e recrutavam participantes para um “desafio coletivo” pelo Discord. O aplicativo tem sido utilizado por grupos que praticam e divulgam crimes como estupro virtual e maus-tratos a animais em busca de “entretenimento”.
O Ministério Público Federal irá analisar o pedido do deputado para decidir sobre possíveis demandas contra a plataforma no Brasil.
Fonte: Poder 360