Bolsonaro comparece à Polícia Federal para dar declarações em investigação envolvendo Eduardo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comparecerá à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 5, no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O depoimento está agendado para iniciar às 15h.

O filho de Jair Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos, está sob investigação do STF a partir de 26 de maio deste ano. A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que ele tem procurado o governo americano para aplicar sanções a membros do STF, do Ministério Público e da Polícia Federal, com o objetivo de dificultar o andamento do processo de julgamento contra seu pai, réu no Supremo por tentativa de golpe de Estado.

O parlamentar está sendo investigado por possíveis crimes de corrupção no curso do processo penal, obstrução de investigação contra organização criminosa e abalo do Estado Democrático de Direito.

Segundo a PGR, Bolsonaro teria sido diretamente beneficiado pelas ações de Eduardo e foi declarado responsável por custear a permanência do filho nos Estados Unidos.

A decisão determina que a Polícia Federal realize a oitiva de Jair Messias Bolsonaro, para que apresente esclarecimentos acerca dos fatos, considerando que ele é diretamente beneficiado pela conduta descrita e já declarou ser o responsável financeiro pela manutenção do sr. Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos.

Gestor financeiro de Eduardo

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, indicou no pedido para que Bolsonaro depõe que o ex-presidente declarou ter auxiliado financeiramente o parlamentar. Em entrevista ao UOL, Bolsonaro afirmou que “se não fosse o Pix, não teria como manter essa ajuda”.

Atualmente, estou cobrindo as despesas dele em grande parte. Se não fosse pelo Pix, não teria como manter essa ajuda, visto que ele está sem salário fora disso.

Em 2023, Bolsonaro recebeu R$ 17,1 milhões em suas contas por meio de transferências bancárias realizadas por Pix entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho. A informação foi registrada em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que também apontou que esse valor foi movimentado através de 769 mil transações feitas para a conta do ex-presidente efetuadas em seis meses de janeiro a julho daquele ano.

Estadão Conteúdo

Fonte por: Tribuna do Norte