Bolsonaro convidou Moraes para ser seu vice

“Eu declino”, respondeu o ministro; a brincadeira ocorreu durante o depoimento do ex-presidente no inquérito sobre a tentativa de golpe.

10/06/2025 18h38

3 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que permanece inelegível até 2030, fez piada na terça-feira (10.jun.2025) com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o sugeriu como seu candidato a vice na disputa pela Presidência em 2026.

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Antes da atividade, Bolsonaro afirmou que iria ao Rio Grande do Norte e questionou Moraes se ele desejava observar imagens de como é tratado pelas pessoas nas ruas.

“Se quiser, posso te mostrar as fotos de como o povo me trata nas ruas”, declarou Bolsonaro. Moraes respondeu: “Eu declino”. Em seguida, o ex-presidente perguntou se poderia fazer uma piada. O ministro respondeu, em tom relaxado: “Eu perguntaria aos seus advogados”.

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“Gostaria de convidá-lo para ser meu vice em 2022”, disse Bolsonaro. Moraes riu e negou o pedido: “Eu declino novamente”.

Assista (1min2s):

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O ex-presidente comparece ao STF nesta terça-feira (10.jun) na ação penal que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022 para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-chefe do Executivo é acusado pela PGR (Procuradoria Geral da República) de liderar o movimento golpista.

Assista ao vivo:

Interrogatórios

A Primeira Turma do STF iniciou na segunda-feira (9.jun) o interrogatório dos réus no núcleo central do processo penal por tentativa de golpe de Estado. De acordo com o Ministério Público, os integrantes desse grupo teriam sido responsáveis por liderar as ações da organização criminosa que visavam impedir a posse de Lula.

Pertencem ao grupo:

Os depoimentos devem ser concluídos até sexta-feira (13/jun). O primeiro a ser ouvido foi Mauro Cid, que formalizou um acordo de cooperação com o STF. Os demais réus estão sendo ouvidos em sequência, em ordem alfabética. Essa ordem foi estabelecida para que todos tenham conhecimento do que o delator declarou e, assim, possam exercer o devido direito de defesa.

Todos os réus do núcleo estão obrigados a comparecer nos interrogatórios, mas podem permanecer em silêncio e responder a algumas ou nenhuma pergunta. O relator, ministro Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e os advogados podem fazer perguntas. Se outros ministros da 1ª Turma comparecerem, também podem questionar os réus.

Após as audiências, os réus não precisam mais comparecer. A única pessoa do grupo que não irá até o plenário da 1ª Turma é o general Braga Netto, que está preso preventivamente no Rio de Janeiro desde dezembro. Ele participa por videoconferência.

Os interrogatórios são parte da fase instrutória do processo criminal – momento de coleta de evidências. As testemunhas do lado da acusação e da defesa já prestaram depoimentos e novas provas documentais e periciais podem ser apresentadas, se solicitadas pelas partes e autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes.

Podem ser realizadas, eventualmente, investigações adicionais para confirmar informações relevantes durante o processo. Somente após essa fase a acusação e as defesas devem apresentar suas alegações finais e Moraes elaborará o relatório final para o julgamento.

Os depoimentos judiciais são divulgados no canal do STF no YouTube e na TV Justiça ao vivo. O Poder360 também realiza a transmissão no canal deste jornal digital no YouTube (inscreva-se e ative as notificações). No Brasil, o depoimento de réus em ações penais é, por regra, um ato público. Embora a transmissão ao vivo não seja comum, o STF já permitiu acesso de jornalistas e do público em outros casos semelhantes.

Até a terça-feira passada (10 de junho), falaram Mauro Cid, Alexandre Ramagem, o Almir Garnier, Anderson Torres e general Heleno.

Acompanhe os vídeos dos depoimentos dos acusados perante o STF.

Leia reportagens sobre o interrogatório de Mauro Cid:

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Fonte por: Poder 360

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