No próximo domingo (4), mais de 6 milhões de pessoas em El Salvador serão chamadas a ir às urnas para escolher o próximo presidente, o vice-presidente e os 60 deputados da Assembleia Legislativa.
O presidente atual Nayib Bukele está buscando a reeleição para um segundo mandato de cinco anos, com permissão da Assembleia Legislativa para participar da campanha eleitoral.
Continua depois da publicidade
Se ganhar, o que aponta pesquisas como a de Cid Gallup ou do Instituto de Opinião Pública da Universidade Centro-Americana, será o primeiro a ser reeleito na história recente de El Salvador. No entanto, alguns acadêmicos e especialistas em direito acreditam que a Constituição proíbe a reeleição consecutiva.
O vice-presidente, Félix Ulloa — também com autorização dos deputados para participar do pleito — buscará, junto com Bukele, continuar liderando o Executivo.
Continua depois da publicidade
Na disputa, segundo o Tribunal Superior Eleitoral, há outros cinco candidatos para governar o país entre 1º de junho de 2024 a 1º de junho de 2029.
Para vencer no primeiro turno o candidato deverá obter 50% mais um dos votos válidos. Caso ninguém obtenha esse percentual, o Tribunal Superior Eleitoral deverá organizar o segundo turno com os dois candidatos mais votados.
Manuel Flores
Ele deseja ser presidente de El Salvador pelo partido FMLN. Flores é biólogo e criou o partido de esquerda. Foi prefeito de Quezaltepeque de 2003 a 2012 e, em seguida, atuou como deputado na Assembleia Legislativa por nove anos.
Joel Sanches
Ele é o candidato a presidente pelo partido Arena. Mudou-se para os Estados Unidos aos 19 anos devido aos problemas de instabilidade política e guerra civil em El Salvador. Possui um diploma de bacharel em Administração de Empresas pela Keiser University, em Fort Lauderdale, Flórida. Não tem experiência política.
O nome dessa pessoa é José Renderos.
É obstetra e concorre com o partido Fuerza Solidaria. Em 2018 foi candidato a prefeito de San Miguel pela Arena.
Luis Parada
Candidato do partido Nuestro Tiempo. É advogado e especialista em contencioso internacional e arbitragem. Ele obteve o bacharelado em Segurança Nacional pela Academia Militar de West Point e o mestrado em Governo pela Universidade de Georgetown.
Olá, meu nome é Marina Murillo.
É arquiteta e busca chegar à presidência sob a bandeira do partido Fraternidade Patriótica Salvadorenha.
Eleitores no exterior
De acordo com os autos do Tribunal Supremo Eleitoral, 741.094 salvadorenhos que residem no exterior e cujo documento de identidade contém o endereço do país em que residem começaram a votar de 5 de janeiro a 4 de fevereiro de forma online, modalidade implementada pela primeira vez.
Os cidadãos salvadorenhos que vivem fora do país poderão votar pessoalmente no dia 4 de fevereiro, desde que tenham um documento com seu endereço em El Salvador. Haverá centros de votação em diferentes países para essa finalidade.
Superior controle de prestação de contas da Assembleia Legislativa é fundamental para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma adequada e para benefício da população. É necessário realizar uma análise e articulação eficientes desta função chave dentro da nossa estrutura legislativa, para melhorar a transparência e responsabilidade na administração dos recursos financeiros e orçamentários da assembleia.
A votação também vai decidir quem estará na Assembleia Legislativa, que atualmente é controlada pelo Nuevas Ideas, o partido do presidente Bukele.
A Assembleia será composta, a partir de 1º de maio, por 60 deputados. Atualmente são 84, mas uma reforma aprovada em junho de 2023 reduziu o número, a pedido do presidente Bukele.
Esta reforma também incluiu uma mudança no sistema de atribuição de assentos. Desta forma, o número de votos emitidos em cada um dos 14 departamentos será dividido pelo número de deputados a eleger por departamento.
Alguns especialistas estão avisando que esse jeito de nomear os deputados vai beneficiar o partido que está no governo, por ter a maioria necessária.
No primeiro dia de funções, em 1º de maio de 2021, a sigla teve o poder de destituir os juízes da Câmara Constitucional do Supremo Tribunal de Justiça. Nessa mesma sessão, também exonerou o procurador-geral de suas funções.
Deputados oficiais e partidos aliados aprovaram as iniciativas solicitadas pelo presidente, incluindo o regime de emergência e suas 22 prorrogações. A última, em 10 de janeiro.
A medida foi aprovada porque o governo pediu para combat
O governo atribui a redução da violência ao regime, mas grupos que trabalham a favor dos direitos humanos e organizações internacionais, como a Anistia Internacional, afirmam que a medida abriu brecha para capturas arbitrárias e tratamentos degradantes dentro das prisões.
