Centrais sindicais solicitam à Galípolo a constituição de um conselho no Banco Central com a participação de trabalhadores
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges, apresentou a proposta de que o BC, como nos boletins Focus, desenvolva um novo que considere também os trabalhadores e a academia.

Na primeira visita de um presidente do Banco Central a um sindicato de trabalhadores, em 60 anos, o atual chefe da autarquia, Gabriel Galípolo, recebeu dos sindicalistas o pedido para que a instituição crie um conselho composto por trabalhadores, empresários e academia, com o objetivo de coletar as impressões da sociedade civil em relação à economia. A reivindicação foi expressa pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selerges. A proposta, segundo Moisés, é que o BC, assim como os boletins Focus e Firnus, também ouça os trabalhadores e a academia. O Focus, como é conhecido, reúne as expectativas dos analistas do mercado financeiro, enquanto a Firnus concentra as opiniões dos empresários.
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Não se busca uma orientação prescrevente, não é isso. Mas um conselho que escute os trabalhadores como são ouvidos o mercado financeiro e os empresários. Se uma das atribuições do BC é assegurar o emprego, é bom que se ouça os trabalhadores”, disse o sindicalista. Segundo Moisés, os dirigentes dos 17 sindicatos presentes ao evento solicitaram ao Galvão que reduzisse a taxa de juros que, de tão elevada, está dificultando projetos de investimentos e impedindo a abertura de mais vagas de emprego, além de encarecer o crédito.
Galípolo apresentou de maneira clara a missão do Banco Central, que é conduzir a inflação para o centro da meta, e nós concordamos com isso. No entanto, também queremos ser ouvidos. Ele foi bastante receptivo e é o primeiro presidente do BC, em 60 anos, a se dispor a visitar um sindicato de trabalhadores para ouvir nossas opiniões. Afirmou o sindicalista, demonstrando satisfação com a atitude do banqueiro central. A visita de Galípolo ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi organizada em março, quando Moisés foi à sede do BC, em Brasília, para entregar um documento resultante de um manifesto de trabalhadores na entidade. A visita, segundo Moisés, teve a iniciativa do próprio Galípolo. “Ele parece bastante sensível às demandas da classe trabalhadora”, disse.
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Os sindicatos apresentaram ao Galpão a sua perspectiva sobre a relevância de certas pautas da equipe econômica, como a isenção da tributação da renda até R$ 5 mil mensais. Para eles, o valor que a Receita Federal deixará de arrecadar dos salários até R$ 5 mil será direcionado ao consumo, para a troca de um eletrodoméstico, como geladeira, máquina de lavar, fogão, por exemplo, o que resultará em mais emprego e crescimento.
Com informações da AFP.
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Fonte por: Jovem Pan