Na última análise do trimestre móvel, encerrado em maio de 2025, a taxa de desemprego no Brasil atingiu 6,2%, o menor índice da série histórica. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na data anterior (26) o índice de inflação medido pelo IPCA-15. Com este resultado, a inflação acumulada em 12 meses subiu de 5,40% em maio para 5,27% em junho.
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Se a inflação tem arrefecido e o desemprego está baixo, como entender a baixa popularidade do governo? Mais do que isso: como explicar essa baixa popularidade estar relacionada à insatisfação com a economia, apesar da melhora dos indicadores econômicos? No caso da inflação, a explicação passa pela distinção entre aumentos de preços e custo de vida. O fato de a inflação desacelerar não significa que o custo de vida tenha diminuído. Apenas indica que os preços estão subindo menos, mas tudo continua muito caro para a população.
Em relação ao desemprego, existem questões metodológicas a serem consideradas. Por exemplo, o IBGE considera empregado pessoas que trabalham apenas 1 hora por semana, mesmo sem remuneração fixa. Pode ser que o desemprego esteja baixo, mas a qualidade do emprego seja precária.
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De qualquer forma, o governo não consegue aproveitar a melhora de alguns indicadores econômicos. Acrescenta-se a isso o aumento da criminalidade e a ausência de um projeto de país, o que se traduz no sentimento de desesperança da população em relação à classe política. Se os indicadores econômicos não correspondem ao sentimento da população, não se pode afirmar o mesmo das pesquisas de popularidade do governo.
A redução da taxa do Imposto sobre Operações Financeiras representa um novo revés para o governo.
Fonte por: Jovem Pan
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