Flávio Bolsonaro justifica vídeo que resultou em prisão do pai: “Publiquei por convicção”

O senador declarou que a publicação em defesa de Jair Bolsonaro não infringia as medidas protetivas, enquanto Moraes classificou a ação como desobediênc…

05/08/2025 14h36

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(Imagem de reprodução da internet).

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se manifestou em apoio à publicação que levou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a determinar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (5), Flávio declarou ter postado o vídeo “por convicção” e negou qualquer propósito de contornar as medidas protetivas determinadas pelo Supremo.

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O parlamentar declarou que ele foi o autor da postagem, e não o ex-presidente Bolsonaro, que solicitou tal ação para utilizar indiretamente redes de terceiros. Ele acrescentou que o vídeo demonstrava o ex-presidente “simplesmente agradecendo às pessoas que estavam em Copacabana”, durante o ato ocorrido na última segunda-feira (4).

A publicação, divulgada nas redes sociais de Flávio, foi removida logo em seguida, mas permitiu que Moraes argumentasse que Bolsonaro violou as determinações judiciais, que o impedem de utilizar plataformas próprias ou de terceiros a partir de 18 de julho. O ministro considerou que o material foi criado de forma fraudulenta para ser divulgado por apoiadores.

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“E foi o que eu fiz com a convicção de que, na cabeça de qualquer pessoa, não teria problema algum”, declarou o senador, que também criticou a atuação do ministro. “Mesmo assim, ele toma essa decisão — e tenho certeza — sem ouvir nenhum ministro, sem ouvir a Procuradoria-Geral”, disparou.

A decisão de Moraes, proferida na segunda-feira (4), aponta o uso de material pré-produzido por Bolsonaro como estratégia para incitar apoiadores e pressionar as instituições democráticas. O ministro classificou os atos como “continuação de práticas ilícitas”, com potencial para afrontar a soberania nacional ao estimular interferências externas em assuntos internos do Brasil.

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Ao avaliar o caso no STF, ao autorizar a publicação do vídeo por meio de terceiros, Bolsonaro infringiu as medidas protetivas determinadas no inquérito que apura tentativa de obstrução da Justiça e organização criminosa. Além da prisão domiciliar, o ex-presidente está proibido de manter contato com outros investigados, receber visitas não autorizadas, utilizar dispositivos eletrônicos e se comunicar com embaixadores.

A controvérsia reacendeu o conflito entre o Poder Judiciário e apoiadores do ex-presidente. Flávio insiste que agiu por sua própria conta e sem intenção de desrespeitar a Justiça, mas a decisão de Moraes sustenta que houve uma articulação para contornar restrições e preservar o contato com a base bolsonarista.

“Não é possível o mundo dar certo se perdermos o senso de respeitar a soberania dos países”, disse Lula. Bolsonaro não pediu para postar vídeo e não tinha intenção de burlar cautelar, disse Flávio.

Fonte por: Jovem Pan

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