“Nos últimos dias, iniciamos uma agenda em prol do país em relação aos impostos”, informa Hugo Motta
Em meio aos ajustes do IOF, o presidente da Câmara declarou que, desde sua posse na Casa, buscou evitar discursos que polarizam o país e defendeu que, independentemente de apoio ou oposição ao governo vigente, a situação presente é motivo de preocupação para todos.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou que, desde sua posse na Casa, buscou evitar discursos que polarizam o país. “Acreditamos que, nos últimos dias, tivemos a oportunidade de realmente abordar essa agenda. E isso foi, considero eu, impulsionado, fortalecido, diante dessa recente decisão do governo em anunciar, mais uma vez, o aumento de impostos”, afirmou durante painel no Fórum Esfera, realizado em Guarujá, litoral de São Paulo. Para Motta, seja contra ou a favor do atual governo, a situação em que o país se encontra “preocupa a todos”. “Penso que esse é um sentimento que deve, ao menos, não ser unanimidade, mas de uma grande maioria nesta plateia que tem uma importância significativa para o nosso país”.
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O presidente da Câmara afirmou que é necessário que cada um possa assumir um pouco da responsabilidade na construção da agenda para que não seja sempre terceirizada. “Penso que todos aqui podem cumprir um papel importante, principalmente na mobilização da sociedade, em favor de uma agenda ou de uma pauta que muitas vezes ela pode ser impopular ou não ser apreciada”, defendeu. “Se nós tivermos a capacidade de nos comunicar, de encarar a realidade nua e crua como ela é, nós vamos perceber que não temos mais tempo para adiar, porque o que está em jogo é o futuro do nosso País”, acrescentou.
Reunião no domingo.
O presidente da Câmara afirmou que é necessário aguardar o que o governo apresentará na reunião agendada para domingo (8), que contará com a presença de representantes do Congresso e ministros de Luiz Inácio Lula da Silva, para debater os ajustes no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Marcamos a reunião por entendermos que o governo precisa de tempo para apresentar alternativas ao IOF”, declarou ele a jornalistas, que classificaram as medidas que elevam o tributo como “infelizes” e mal recebidas no Congresso. “Nós chamamos a atenção do próprio governo.”
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Motta declarou que é necessário solucionar o problema fiscal de curto prazo, das contas de 2025, mas também considerar mudanças mais estruturais para o longo prazo. “O Congresso precisa ter a coragem de abordar esses temas”, afirmou aos jornalistas. “Sob a bandeira da responsabilidade fiscal, chegou o momento de tomar decisões importantes, estruturantes.”
Lula
Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, no sábado (7), em Paris, que “está tudo acertado” em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). “Você pode estar certo de que vai acontecer exatamente o que nós acertamos, sem brigas, sem conflito, apenas fazendo aquilo o que tem que ser feito, conversar, encontrar uma solução e resolver”, afirmou a jornalistas ao ser questionado se o governo possui uma proposta alternativa para evitar a derrubada da alta do tributo no Congresso.
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Lula afirmou ter realizado uma reunião em sua residência nesta semana para tratar do IOF, com a presença do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), além de Gabriel Galopão, do Banco Central, e Rui Costa, da Casa Civil. “Foi uma reunião maravilhosa. Tudo está certo”, declarou Lula na cidade da luz.
Com informações do Estadão Contido.
Fonte por: Jovem Pan