O Departamento de Estado dos EUA afirma que o ministro Alexandre de Moraes persegue e censura o ex-presidente Jair Bolsonaro
Subsecretário de diplomacia pública dos EUA declara que o país está atento e “implementando ações”.

O subsecretário de Diplomacia Pública dos Estados Unidos, Darren Beattie, declarou nesta quinta-feira (24) que o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), é o “coração pulsante” do processo de “perseguição” e “censura” contra Jair Bolsonaro (PL). A afirmação foi divulgada no X (antigo Twitter).
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O diplomata afirmou que os EUA estão acompanhando de perto e implementando ações devido às iniciativas do presidente Donald Trump e do secretário de Estado, Marco Rubio. Posteriormente, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil republicou a publicação do subsecretário.
Beattie é subsecretário no Departamento de Estado dos EUA, uma entidade análoga ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil.
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A publicação ocorreu algumas horas após Alexandre de Moraes responder à defesa do ex-presidente com um aviso sobre o cumprimento de medidas restritivas impostas, sem, contudo, determinar a prisão preventiva.
Na semana passada, o ministro Moraes determinou medidas cautelares para Bolsonaro, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, toque de recolher e proibição do uso de redes sociais, direta ou indiretamente. Ele foi acusado de obstrução do processo, de atentado à Justiça e de desrespeito à soberania nacional.
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O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou, na mesma data, em seu perfil no X, que os vistos do ministro e de seus aliados serão revogados. Outros sete ministros da Corte também receberam a penalidade.
Na última segunda-feira (21), Moraes determinou que Bolsonaro apresentasse justificativa para responder a um descumprimento da proibição de utilização de redes sociais após proferir uma declaração à imprensa.
O ministro determinou que não há justificativa para a prisão. Contudo, declarou que avaliará o descumprimento da medida cautelar caso Bolsonaro utilize declarações públicas para incitar “milícias digitais” em detrimento da soberania nacional.
O documento alega que Bolsonaro emprega o mesmo método que seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), atualmente sob investigação pelo Supremo por supostas conspirações contra o Brasil nos Estados Unidos.
As ações se alinham, inclusive com a utilização das redes sociais, por meio de diversas publicações coordenadas entre os investigados e seus apoiadores políticos, induzindo e instigando o chefe de Estado estrangeiro a tomar medidas para interferir ilegalmente no curso normal do processo judicial, gerando pressão social contra as autoridades brasileiras, configurando flagrante atentado à soberania nacional.
A CNN contatou o gabinete de Moraes e espera resposta.
Fonte por: CNN Brasil