Duas meses depois de um ciclone, a região do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, está sofrendo com temporais e inundações novamente. No último sábado (18), o Rio Taquari transbordou, causando enchentes nas ruas das cidades da região.
O prefeito de Lajeado informou que houve tempestades com raios, ventanias e granizo na cidade. A população recebeu orientações para ficar em casa e usar abrigos seguros. A prefeitura está ajudando a retirar famílias de áreas de risco usando caminhões desde a madrugada de hoje.
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Até agora, a Prefeitura de Lajeado registrou 172 pessoas de 71 famílias que foram afetadas pelas enchentes. Essas pessoas estão sendo abrigadas no Parque do Imigrante, mesmo lugar onde os desalojados foram levados após a passagem do ciclone em setembro.
O nível do Rio Taquari alcançou os 24,32m, às 11h deste sábado (18), na região central de Lajeado. A água subiu 44 cm em apenas uma hora.
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A chuva de hoje está impactando também o município de Roca Sales. A prefeitura instruiu os moradores a saírem de suas casas.
O Rio Taquari aumentou cerca de 1,5 metros em aproximadamente duas horas hoje de manhã (18), perto de Muçum.
Na cidade de Forquetinha, a água está subindo e causando alagamentos que fazem com que as pontes fiquem bloqueadas, impedindo o caminho para a rodovia federal. A Prefeitura solicitou que as pessoas não saiam de suas casas. Se houver alguma emergência, os moradores que vivem em áreas mais vulneráveis devem entrar em contato com a defesa civil.
Alerta de risco
Neste sábado (19), a Defesa Civil do Rio Grande do Sul emitiu três alertas de risco de enchentes em rios do estado.
Além do Rio Taquari, os rios Caí e Jacuí podem subir rapidamente. O alerta tem validade de 24 horas, até a manhã deste domingo (19).
A população que reside em áreas de risco deve tomar medidas preventivas com antecedência e procurar a Defesa Civil de seu município em caso de emergência.
Falta de energia/com energia instável
A Certel, empresa responsável por fornecer energia elétrica no Vale do Taquari, informou que 4 mil clientes estão sem energia devido ao temporal. O principal motivo é a queda de árvores na rede elétrica.
Os imóveis afetados estão entre Boqueirão do Leão e Lajeado, assim como entre Teutônia e Barão.
As equipes da companhia estão nas ruas para tentar normalizar o serviço, mas encontra dificuldades de acessar os locais afetados.
Há dois meses, houve um ciclone que causou grande destruição na região.
Em setembro, um ciclone forte atingiu o Rio Grande do Sul e causou a morte de 50 pessoas no estado. A região mais afetada foi o Vale do Taquari, onde ocorreram 16 mortes em Muçum e 13 em Roca Sales.
Chuvas fortes afetaram 107 cidades do estado, deixando 5,2 mil pessoas sem abrigo e mais de 22 mil pessoas sem casa temporariamente. Ao todo, 402.297 pessoas foram afetadas. 943 pessoas ficaram feridas.
Em 28 de setembro, alguns ministros, junto com a primeira-dama Rosângela da Silva, também conhecida como Janja, visitaram as cidades de Lajeado, Muçum, Estrela e Roca Sales. Durante a visita, foi anunciado que o governo federal abrirá um escritório em Lajeado para ajudar na reconstrução do Vale do Taquari.
O governo criou uma oportunidade de empréstimo para ajudar as empresas que foram prejudicadas pelo fenômeno meteorológico na região.
O presidente Lula (PT) disse que vai emprestar R$ 1 bilhão do BNDES para ajudar a economia das cidades do Rio Grande do Sul.
Durante a viagem ao estado, Alckmin informou que o governo federal irá fornecer R$ 741 milhões para ajudar as áreas danificadas pelas chuvas.
