Varejo registra queda de 0,4% em abril, porém mantém crescimento anual de 6,1%, aponta o IGet

A instabilidade no setor de serviços e o comportamento divergente de seus agentes indicam prudência nos próximos meses, embora o desempenho anual apresente aspectos positivos.

12/05/2025 6h03

2 min de leitura

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(Imagem de reprodução da internet).

O varejo brasileiro registrou queda de 0,4% em abril, conforme o IGet, índice desenvolvido pelo Santander em parceria com a Getnet, que acompanha o desempenho do comércio no país.

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Este é o segundo mês consecutivo de declínio após dois meses de crescimento.

Apesar da retração no valor mensal, a comparação com o mesmo período do ano anterior indica resiliência, com o índice avançando 6,1% em relação a abril de 2024.

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A variação positiva reforça a ideia de que, apesar das flutuações recentes, o setor mantém um ritmo de crescimento no período acumulado do ano.

Desempenho variado entre os segmentos.

No índice ampliado, dois dos principais setores analisados apresentaram retração expressiva.

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O setor de automóveis, peças e acessórios apresentou queda de 1,6%, enquanto os materiais de construção registraram uma queda ainda mais significativa, de 7,3%.

Os números indicam uma desaceleração momentânea, devido a fatores como crédito mais restrito e situação financeira mais delicada para os consumidores.

Já no índice restrito, a redução mensal foi de 0,9%.

Contudo, a comparação com abril de 2023 demonstra um crescimento expressivo de 11,5%.

Os setores de móveis e eletrodomésticos apresentaram um aumento de +1,5% e vestuário, +0,6%, em um mês de baixa generalizada.

O setor de combustíveis apresentou declínio de 11,5%, enquanto artigos de uso pessoal reduziram-se em 2,7% e artigos farmacêuticos diminuíram 0,1%.

Serviços apresenta leve declínio e mantém volatilidade.

O IGet Serviços apresentou estabilidade em abril, registrando uma pequena variação negativa de 0,1% em comparação com o mês anterior.

Contudo, em comparação com abril de 2024, o índice demonstra retração de 7,2%, evidenciando um cenário de maior instabilidade no setor.

O segmento de alojamento e alimentação registrou um adiantamento parcial em relação ao mês anterior, com uma redução de 3,9%.

O segmento de “outros serviços” avançou 0,5%, após queda de 2,1% em março.

Os dados indicam que o setor de serviços exibe maior volatilidade e comportamento diversificado entre suas categorias.

Economista apresenta perspectiva para o setor mista.

De acordo com Gabriel Couto, economista do Santander, a perspectiva para os próximos meses permanece incerta.

A política monetária restritiva deve continuar impactando a atividade econômica no curto prazo.

Contudo, ressalta-se que o mercado de trabalho aquecido pode amenizar os impactos da desaceleração.

Adicionalmente, Couto destaca a relevância da nova linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado, que poderá atender à demanda nos próximos trimestres.

Ademais, destaca-se que existem riscos em evidência: inflação elevada e potenciais consequências da guerra comercial global podem restringir o avanço do crescimento do comércio varejista e dos serviços.

Fonte: Carta Capital

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