Bombardeios israelenses resultaram em 40 vítimas fatais em Gaza

Incidiram confrontos após o anúncio do cessar-fogo entre Israel e Irã.

24/06/2025 11h59

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(Imagem de reprodução da internet).

As forças israelenses ceifaram a vida de pelo menos 40 palestinos em Gaza e decretaram novas operações de retirada na terça-feira (24), informaram médicos e testemunhas. Os óbitos ocorreram após Israel e Irã estabelecerem um acordo de alto alistamento para finalizar um conflito de 12 dias.

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O acordo entre Israel e Irã, divulgado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, elevou as expectativas entre os palestinos de cessar a guerra de mais de 20 meses em Gaza. O conflito destruiu significativamente o território e deslocou a população majoritária, gerando desnutrição generalizada.

“Chega! O mundo inteiro nos decepcionou. O Hezbollah chegou a um acordo sem Gaza, e agora a Irã fez o mesmo”, declarou Adel Farouk, de 62 anos, de Gaza.

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“Acreditamos que Gaza será a próxima”, declarou ele à Reuters por meio de um aplicativo de mensagem.

Donald Trump afirmou nesta manhã que tanto Israel quanto Irã violaram o cessar-fogo, e a violência letal em Gaza persistiu com pouca perspectiva.

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Marwan Abu Naser, do Hospital Al-Awda, em Nuseirat, no centro de Gaza, informou ter recebido 19 vítimas fatais e 146 feridos de um grupo que tentava acessar um ponto de distribuição de assistência da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), com apoio dos Estados Unidos.

O general Abu Naser declarou à Reuters que as perdas foram resultado de disparos.

As Forças Armadas de Israel afirmaram que uma reunião ocorrida durante a noite foi identificada próxima às forças que operam no corredor central de Nitzan, em Gaza, e que estavam avaliando os relatos de vítimas.

Em resposta a um pedido da Reuters, a GHF informou em e-mail que desconhecia qualquer incidente violento próximo de sua sede, que, segundo ela, ficava a vários quilômetros ao sul do Corredor Netzarim.

Os socorristas da ONU que entram em Gaza utilizam as estradas da região e, nos últimos dias, os palestinos relataram mortes de indivíduos por fogo israelense enquanto aguardavam na margem da estrada para recolher sacos de farinha.

Israel direciona a maior parte da assistência que acessa Gaza através da GHF, que mantém alguns pontos de distribuição em áreas sob proteção das forças israelenses.

A Organização das Nações Unidas rejeita o sistema de distribuição da GHF, considerando-o inadequado, perigoso e uma violação das normas de imparcialidade humanitária. Israel alega que ele é necessário para impedir que os militantes do Hamas, contra os quais está combatendo, desviam as doações de assistência. Hamas nega essa alegação.

Philippe Lazzarini, diretor da agência de ajuda palestina das Nações Unidas, UNRWA, declarou a repórteres em Berlim na terça-feira que o novo mecanismo é uma “abominação” e “uma armadilha mortal”.

Vinte e duas pessoas faleceram em decorrência de um ataque aéreo israelense em uma residência no bairro de Sabra, em Gaza, e 11 morreram a tiros israelenses em Khan Younis, informaram médicos, elevando o balanço de vítimas para pelo menos 40 na terça-feira.

Israel afirma que combatentes estão utilizando áreas habitacionais originalmente destinadas a operações, o que o Hamas rejeita.

Fonte por: CNN Brasil

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