Crise no Oriente Médio acarreta preocupação no setor de combustíveis no Brasil
O presidente da Refina Brasil, em uma entrevista à Jovem Pan, alertou sobre os riscos da dependência externa em relação a derivados de petróleo, evidenc…

O presidente da Refina Brasil, Evaristo Pinheiro, manifestou recentemente sua preocupação com os riscos que uma nova escalada no conflito entre Irã e Israel podem trazer para o abastecimento de combustíveis no Brasil. Em entrevista à Jovem Pan, Evaristo ressaltou que, embora o abastecimento esteja assegurado no curto prazo, o país já sente a pressão nos preços dos combustíveis. Ele alertou que a dependência externa do Brasil em derivados de petróleo expõe o país a choques internacionais, enfatizando a necessidade de fortalecer a segurança energética nacional.
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Antecipando a medida do governo de aumentar a mistura de etanol e biodiesel, a Refina Brasil avaliou positivamente. Segundo o presidente, o consumo de gasolina tem aumentado 2% ao ano, e a associação apoia a transição energética, representando tanto o refino tradicional quanto o biorrefino de biocombustíveis.
Apesar dos progressos, o presidente da Refina Brasil ressaltou os obstáculos estruturais do setor, apontando que a Petrobras controla 60% do mercado de refino no Brasil, o que restringe a concorrência. Se as normas de mercado forem revisadas, a associação projeta que o país receberia mais de US$ 70 bilhões em investimentos, gerando 4.500 empregos e elevando a arrecadação.
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A transição energética também avança na Petrobras, que planeja investir além de US$ 16 bilhões na diminuição de emissões até 2029. Para a Refina Brasil, ampliar a capacidade de refino e desenvolver biocombustíveis são etapas cruciais para diminuir a dependência externa e assegurar a estabilidade no fornecimento.
Fonte por: Jovem Pan
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