Equipe amadora se preparará para desafiar clubes de grande porte na disputa do Mundial de Clubes
O Auckland City FC, composto por funcionários em tempo integral, se prepara para disputar jogos contra Bayern de Munique e Benfica no torneio nos Estados Unidos.

Com o início do renovado e expandido Mundial de Clubes da FIFA nos Estados Unidos neste sábado (14), a maioria dos torcedores estará com os olhos fixos na disputa de até 125 milhões de dólares, com estrelas como Lionel Messi, Kylian Mbappé e Erling Haaland participando com seus clubes.
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Situado na região suburbana de North Shore, na maior cidade da Nova Zelândia, o clube conta com um elenco formado apenas por jogadores que trabalham ou estudam em tempo integral, além de suas atividades no futebol.
A trajetória do modesto time neozelandês até o topo do futebol mundial tem sido comparada por alguns a um roteiro cinematográfico.
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Após ser coroado campeã da Liga dos Campeões da Oceania no ano passado, o Auckland City garantiu sua participação no torneio e se tornou o único representante do continente na competição.
Conjunto complicado.
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No grupo com o Bayern de Munique, tricampeão alemão, o Benfica, gigante português, e o Boca Juniors, o elenco do Auckland City buscará fazer história ao competir contra alguns dos maiores jogadores do esporte nas próximas duas semanas.
O capitão do time Mario Ilich detalhou em entrevista ao CNN Esportes que o “amor pelo jogo” impulsionou a histórica classificação da equipe.
Afirmam que os atletas profissionais se dedicam muito, o que é correto, porém nós buscamos competir no nível mais elevado do esporte, conciliando isso com dois, e em algumas ocasiões três, trabalhos.
Ilich, que trabalha como representante comercial da Coca-Cola, descreveu a dinâmica intensa que a equipe geralmente acompanha em seu dia a dia.
Sem os extensos programas de treinamento multimilionários acessíveis a diversas equipes europeias de ponta, os jogadores do Auckland City precisam realizar a maior parte de seus exercícios físicos e recuperação fora das instalações do clube.
Meu dia usual inicia por volta das 5h, com o toque do alarme. Subo e dirijo-me à academia por uma hora, retornando para tomar o café da manhã e chegar ao escritório às 8h.
Esforço-me por concluir minhas tarefas antes das 17h para ter tempo de ir até o treino, que inicia às 18h. Permanecemos no campo por aproximadamente duas horas e chego em casa por volta das 21h antes de me preparar para o dia seguinte.
Exercícios.
Os Navy Blues treinam quatro vezes na semana, e suas partidas da Liga Regional da Nova Zelândia costumam ser realizadas aos sábados.
É um modelo que não admite longos períodos fora do escritório ou do campo de futebol e pode cobrar seu valor, não apenas dos jogadores, mas também de suas famílias e amigos.
Ele disse: “Só consigo ver minha parceira de verdade na sexta-feira, ou em alguns domingos, mas felizmente ela é muito compreensiva em relação à natureza limitada da carreira de um jogador e me permite seguir meus sonhos”.
Conor Tracey, goleiro do Auckland City FC, recordou o instante em que o elenco completo ficou sabendo os resultados do sorteio da fase de grupos do Mundial de Clubes.
“Ninguém jamais esquece um momento como aquele”, afirmou Tracey CNN, descrevendo como os jogadores e a comissão técnica se reuniram às 6h para assistir ao sorteio ao vivo na sede do Auckland City antes de seguir para seus respectivos trabalhos.
À medida que cada time era sorteado, nossa apreensão aumentava progressivamente. Cada equipe possui uma trajetória e reputação notáveis no esporte – é realmente o sorteio dos sonhos em termos de adversários.
Para Tracey, que trabalha no depósito de uma empresa farmacêutica veterinária, o torneio representará o ponto alto de sua carreira.
Contudo, devido ao manuseio manual e ao constante esforço físico demandado em seu trabalho, ele tem enfrentado recentemente problemas de saúde.
Minha função pode ser bastante física e impactar negativamente a minha saúde. Sou mais suscetível a lesões do que um goleiro em condições normais, devido ao curto período de recuperação disponível.
A existência de uma vida dupla implica em manter segredos e identidades distintas, vivendo em paralelo com diferentes aspectos da própria existência.
A dificuldade em lidar com as exigências do futebol de elite, ao mesmo tempo em que se busca equilibrar um trabalho “comum”, é algo que se reflete na experiência de Adam Mitchell, vice-capitão do Auckland City.
Mitchell acreditava ter alcançado seu sonho de infância ao ser transferido para o Estrela Vermelha de Belgrado, ex-campeão da Liga Europa, no início de sua carreira.
Contudo, a ausência de oportunidades em campo o motivou a ingressar no futebol na Eslovênia, seguida de uma curta experiência nas divisões inferiores do futebol inglês com o Bolton Wanderers.
Chegou o momento em que Mitchell precisou escolher entre seguir em frente com seu sonho de se tornar jogador de futebol profissional ou retornar à Nova Zelândia, sendo a perspectiva de uma renda mais estável na venda de imóveis o fator determinante em sua decisão.
“Quando jovem, é o sonho de muita gente chegar ao topo e se tornar um jogador profissional, mas acredito que muitas vezes as pessoas não percebem quão difícil e competitivo pode ser”, disse Mitchell ao CNN Esportes.
Milhares de jogadores competem por apenas alguns contratos. Assim, pode ser bastante difícil, principalmente se estiver em um país diferente, quando não se alcança o sucesso e o prestígio do futebol de ponta – onde não há luxo ou propriedades caras.
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Os Navy Blues viajam para Cincinnati amanhã, onde disputarão seu primeiro jogo no TQL Stadium. #CityMeansEverything
Auckland City FC (@AucklandCity_FC) 13 de junho de 2025
É possível realizar o sonho impossível?
Contudo, a equipe amadora embarca para os Estados Unidos com uma fé inabalável de que tudo é possível, independentemente de quão significativas sejam as chances.
“Eles conquistam milhões e milhões de dólares, e nós somos apenas amadores jogando por amor ao esporte”, declarou Ilich à CNN Esportes.
Somos todos amigos, tanto dentro quanto fora do campo, e vamos competir de forma intensa entre nós.
Se implementarmos o plano do nosso técnico e darmos o nosso máximo, o que pode ocorrer. No fim das contas, são 11 jogadores contra 11 jogadores.
Observar os brasileiros que estão fora do país participando do Mundial de Clubes.
Fonte por: CNN Brasil