Irã formaliza denúncia à ONU contra o diretor-geral da AIEA por suposta manipulação de resoluções aprovadas pela organização
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaiel Baqaei, criticou a atitude de Rafael Grossi e argumentou que a Agência Internacional de Energia Atômica foi utilizada por Israel e Estados Unidos para legitimar a agressão.

No âmbito de uma reunião extraordinária do Conselho de Segurança da ONU, o Irã apresentou críticas contundentes ao comportamento do diretor-executivo da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi. O representante iraniano manifestou seu descontentamento com a atuação de Grossi, sustentando que este não adotou providências adequadas diante das ameaças às instalações nucleares pacíficas do país. Segundo o representante, o silêncio de Grossi compromete a autoridade e a credibilidade da agência.
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Esta crítica ocorre em um contexto de acusações de que os Estados Unidos estariam envolvidos em uma guerra ilegal, o que agrava ainda mais a situação.
Em resposta às críticas, Rafael Grossi declarou em entrevista à Al Jazeera que não há evidências de que o Irã esteja próximo de desenvolver uma arma nuclear. Ele ressaltou que as inspeções realizadas estão em conformidade com os critérios estabelecidos pela AIEA.
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Israel e os Estados Unidos argumentam que diversas instalações nucleares iranianas permanecem inacessíveis a órgãos internacionais, onde o Irã supostamente estaria enriquecendo urânio em níveis elevados, próximos aos necessários para a fabricação de uma arma nuclear.
A situação se agrava ainda mais com a intervenção do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que criticou a diretora de inteligência nacional, Tulsi Gabbard, por declarar que não há indícios de que o Irã esteja próximo de desenvolver uma arma nuclear. Trump afirmou ter outras fontes de inteligência que comprovam o oposto.
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Este cenário reflete a complexidade das narrativas e informações contraditórias sobre o programa nuclear iraniano, com parte da inteligência europeia e israelense acreditando que o Irã está a poucos anos de obter uma arma nuclear, enquanto o Irã e a AIEA negam essas acusações.
Caso os Estados Unidos decidam intervir militarmente, será necessário apresentar evidências sólidas para justificar tal ação no âmbito das Nações Unidas e do direito internacional.
Com informações de Luca Bassani
Reportagem elaborada com a ajuda de inteligência artificial.
Fonte por: Jovem Pan