O Brasil exporta 123 mil toneladas a menos de frango devido à gripe aviária

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) declarou formalmente o término do surto de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) no rebanho comercial brasileiro na sexta-feira (20).

24/06/2025 8h41

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(Imagem de reprodução da internet).

A identificação de um epicentro de gripe aviária em uma propriedade comercial no Rio Grande do Sul, em 15 de maio, gerou um impacto significativo nas exportações de carne de aves do Brasil.

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Segundo projeções do Estadão/Broadcast, com base em dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil reduziu em aproximadamente 123 mil toneladas o volume de embarques de um produto específico entre a identificação do caso em maio e os primeiros 14 dias úteis de junho, em relação à média do mesmo período de 2024.

Em dez dias úteis subsequentes à identificação do caso, os envios caíram para uma média diária de 14.025 toneladas, em comparação com as 20.210 toneladas observadas em maio.

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Foram exportadas 140.249 toneladas, sendo que, com o ritmo observado, o volume poderia ter atingido 202.100 toneladas, representando uma diferença de 61.851 toneladas.

O efeito persistiu nas semanas subsequentes: nos 14 primeiros dias úteis de junho, o Brasil registrou 224.040 toneladas, com média de 16.003 toneladas por dia, inferior às 20.400 toneladas de junho de 2024 – uma queda adicional estimada em 61.560 toneladas.

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Assim, a perda total nos envios excede 123 mil toneladas.

A situação, contudo, começou a se alterar.

A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) declarou formalmente o término do surto de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) no rebanho comercial brasileiro na última sexta-feira (20) e o Ministério da Agricultura comunicou que diversos países já iniciaram a remoção das restrições aplicadas às importações de frango do Brasil.

O secretário de Comércio e Relações Internacionais da pasta informou que Coreia do Sul, Iraque, Marrocos e Bolívia já comunicaram a liberação das compras de frango brasileiro.

Desde a sua autodeclaração, o Brasil já restabeleceu diversos mercados: Bolívia, Marrocos e hoje (ontem), o Iraque, afirmou ele ao Estadão/Broadcast.

A Coreia do Sul também retomou suas atividades e traz uma notícia positiva. O governo sul-coreano decidiu implementar a regionalização sanitária de forma definitiva. Caso ocorra outro incidente, não haverá mais o fechamento de todo o país, mas apenas do estado impactado.

A Coreia do Sul aceitou a regionalização dos protocolos sanitários, concordando em restringir novas suspensões unicamente ao estado que apresente focos infecciosos.

Contudo, persistem barreiras para a normalização dos embarques: 17 mercados mantêm embargos totais à carne de frango brasileira, incluindo China, União Europeia, Chile e Filipinas, enquanto outros mantêm restrições parciais, sobretudo aos produtos originários do Rio Grande do Sul ou de áreas próximas ao foco.

Também existem casos de suspensão mais restrita, como no município de Montenegro (RS), onde se identificou o foco de gripe aviária em maio, ou em um raio de até 10 quilômetros do local de detecção.

O Brasil apresenta a segunda maior taxa de juros reais do mundo, após o aumento da taxa Selic.

Fonte por: CNN Brasil

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