O atacante Raphinha, do Barcelona e da seleção brasileira, gerou controvérsia em um evento em São Paulo na sexta-feira (27) ao comentar sobre o Mundial de Clubes. Enquanto jogava na Espanha, ele defendeu os clubes europeus, que estão justificando o desempenho aquém do esperado devido ao encerramento da temporada no continente. Ele criticou o calendário da competição e afirmou ser injusto “perder as férias por obrigação”. Borussia Dortmund (0 a 0 com o Fluminense), Chelsea (3 a 1 para o Flamengo) e Paris Saint-Germain (1 a 0 para o Botafogo) foram algumas equipes surpreendidas pelo desempenho das equipes brasileiras que se defenderam das apresentações abaixo do esperado por estarem em final de temporada/férias.

“Especificamente, considerando que um jogador que está de férias, em um clube europeu, está de férias, eu estou de férias, eles estão de férias. Um exemplo: Marquinhos e Beraldo do Paris, jogaram a final da Champions, nem comemoraram direito, viajaram para jogar com a seleção, acabou o segundo jogo, voltaram para se apresentar para jogar o Mundial. Eles ainda não pararam. Então, muita gente fala que isso é desculpa, pode até não ser”, explicou Raphinha, antes de pegar ainda mais duro com o calendário do futebol. “Eu acho que a gente ter de abrir mão das nossas férias por obrigação é muito complicado. É de direito nosso, todo mundo está de acordo e todo mundo merece ao menos um mês de férias, três semanas que seja”, explicou.

“E muitos deles que estão jogando o Mundial não vão ter.” Novamente o PSG virou o exemplo para definir a competição dos Estados Unidos nessa época do ano como um erro.

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A Copa do Mundo de 2026 também ocorrerá nesse período, e na ocasião, todos irão defender seus países, inclusive Raphinha. “Se o Paris chegar à final deste Mundial, eles já têm a Supercopa antes de começar a temporada. Não param. Muita gente fala que clubes europeus estão com desculpas. Depende do ponto de vista e no meu ponto de vista é muito ruim abrir mão das minhas férias para jogar algo que é obrigado”, repetiu. Sobrou, ainda, para dirigentes, a Fifa e os organizadores do Mundial. “Em nenhum momento perguntaram para os jogadores de datas, se queriam… Só que não, você tem de ir e ponto. E a gente acata ordens e tem de ir e estar lá jogando. Estou falando como um jogador de clube europeu. Abrir mão das férias para jogar um novo torneio é complicado.”

Fonte por: Jovem Pan