Brasil registra pico na inadimplência, com 70,29 milhões de devedores

Em abril, 43,36% dos adultos estavam negativados, representando um aumento de 4,59% em comparação com o ano de 2024.

14/05/2025 18h35

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(Imagem de reprodução da internet).

Em maio de 2025, o número de inadimplentes alcançou um recorde, com 70,29 milhões de brasileiros negativados, representando 43,36% da população adulta do país. Os dados foram divulgados pela CNDL e pelo SPC Brasil.

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Em relação ao mesmo mês em 2024, observou-se um crescimento de 4,59% no número de devedores. Entre março e abril de 2025, o aumento foi de 1,09%. Para o presidente da CNDL, José César da Costa, esse recorde está relacionado à dificuldade do brasileiro de “equilibrar o orçamento no fim do mês”.

Apesar de uma leve melhora nos índices de renda e na redução do desemprego, esses avanços não foram suficientes para conter o aumento das dívidas. A combinação de preços elevados em itens essenciais, o alto nível de endividamento das famílias e a trajetória de alta da taxa básica de juros contribuem diretamente para o agravamento desse cenário preocupante.

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Perfil dos Inadimplentes

A categoria etária com o maior volume de inadimplentes é a de 30 a 39 anos, correspondendo a 17,38 milhões de pessoas. Já os indivíduos com mais de 85 anos apresentam o menor número de dívidas, totalizando 416 mil.

A região Sudeste, a mais populosa do país, lidera em números com 30,25 milhões de pessoas com nome sujo. Já em termos percentuais, a maior parte da população negativada encontra-se no Centro-Oeste, com 46,12%.

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DÍVIDAS

Em média, cada consumidor com dívidas não pagas deve R$ 4.689,54 para 2,18 instituições financeiras, sendo a maioria bancos.

As dívidas em atraso registraram um aumento de 8,75% em abril, em comparação com o mesmo mês de 2024.

Segundo Roque Pellizzaro Júnior, presidente do SPC Brasil, o controle das dívidas por parte do governo é fundamental.

A solução parcial reside na educação financeira, sendo imprescindível que o governo promova maior estabilidade econômica, com políticas de controle da inflação que não dependam exclusivamente do aumento da taxa de juros – medida que, embora eficiente no combate à inflação, possui efeito colateral negativo sobre o crédito e o consumo popular.

Fonte: Poder 360

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