Jovem é dado de alta após ser baleado por seu próprio pai, militar, em São Paulo

A menina estava hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI) da Santa Casa.

14/05/2025 14h45

3 min de leitura

Imagem PreCarregada
(Imagem de reprodução da internet).

A menina de 10 anos, Samir Carvalho, baleada pelo pai, recebeu alta médica nesta terça-feira (13). A jovem estava hospitalizada na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI) da Santa Casa de Santos, desde a última quarta-feira (7).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os policiais encontraram as vítimas trancadas em um consultório e um policial militar de folga no local. O boletim de ocorrência indicou que o homem demonstrou não portar arma, contudo, após a porta ser aberta, disparou contra a mulher e a filha, sendo então preso.

Amanda Fernandes e sua filha foram as vítimas. No registro da ocorrência, as autoridades apresentaram versões distintas do caso.

LEIA TAMBÉM:

Relembre o caso

Ao receber o chamado, a Polícia Militar comunicou que foi acionada por volta das 13h para atender a ocorrência de violência doméstica em uma clínica médica. No local, constatou-se que a mulher e a filha estavam trancadas em uma sala com o médico, após um homem, marido da mulher e militar da instituição, ter invadido o ambiente e iniciado ameaças.

Com essa versão, com a chegada das equipes, o médico abriu a porta do quarto onde estava com Amanda e sua filha, momento em que o policial apreendeu uma arma de fogo que se encontrava em outra sala da clínica e realizou diversos disparos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O sargento então pegou uma faca e praticou aproximadamente dez facadas em Amanda, que faleceu no local. A filha, atingida por disparos, foi encaminhada para atendimento na Santa Casa de Santos.

As testemunhas informaram que Amanda Fernandes e sua filha estavam na clínica médica de dermatologia, ambas apresentando comportamento calmo, conforme registrado no boletim de ocorrência.

Poucos minutos depois, o sargento, que se identificou como seu marido, entrou no estabelecimento e permaneceu na recepção com elas. Após algum tempo, Amanda foi até a recepcionista e solicitou, de maneira discreta, que a polícia fosse acionada, alegando estar sendo ameaçada.

Posteriormente, a mulher e a filha buscaram refúgio na sala do dermatologista, dono da clínica, informando que o marido estava armado e aterrorizava-as com a intenção de matá-la. O médico então fechou a porta da sala, posicionou cadeiras para dificultar o acesso e tentou contatar a polícia, esperando por assistência.

Os policiais compareceram ao local e, conforme o registro, verificaram que o autor do crime não possuía armas, pois ele afirmava ter levantado a blusa que vestia e apresentava comportamento sereno. Em seguida, os policiais solicitaram que ele se afastasse da porta para que o médico pudesse abri-la.

Assim, ao abrir a porta, o policial executou uma série de disparos de arma de fogo. Os PMs então entraram na sala e efetivaram a prisão do autor, que se entregou sem oposição.

A versão apresentada no boletim não menciona as facadas.

Na terceira versão do caso, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que, ao chegarem ao local, os policiais constataram a morte da mulher e ferimentos em sua filha, causados por disparos de arma de fogo. A jovem recebeu atendimento médico em uma unidade de saúde, enquanto o homem foi encaminhado à Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos.

Posteriormente, a SSP retornou e declarou que a polícia foi acionada via Copom para atender a uma ocorrência de desobediência no local. Ao chegarem, as vítimas estavam trancadas em um consultório e o autor, um policial militar em folga, estava do lado de fora. Conforme informações do boletim de ocorrência, após o policial demonstrar que não portava arma, a porta foi aberta. O autor entrou e disparou contra a mulher e a filha, sendo preso em seguida e levado ao Presídio Militar Romão Gomes.

A SSP informou que a Polícia Militar instaurou um Inquérito Policial Militar para apurar minuciosamente a conduta dos agentes acionados para atender à ocorrência. “O caso foi registrado como violência doméstica, feminicídio e tentativa de homicídio na DDM da cidade. A Polícia Civil instaurou inquérito e investiga todas as circunstâncias do crime”, complementa a nota.

Sob supervisão

Fonte: CNN Brasil

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.